E lhes enxugará dos
olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto,
nem dor. Apocalipse 21:4
Caminhando pela rua numa tarde de outubro, ouvi um miado
fraquinho acima do barulho do trânsito. Parei um momento e prestei atenção.
– Miau! – Ali estava ele, a pouca distância na minha
frente. Ao lado de um latão de lixo, vi um gatinho minúsculo deitado sobre uma
enorme folha de bananeira. Ajoelhei-me e acariciei o pelo emaranhado do
gatinho.
Seus olhos estavam grudados com pus, mas ao meu toque
ele começou a ronronar. Peguei-o. Não pesava quase nada e era tão pequenino que
cabia confortavelmente na palma da mão.
– Pobre, pobre coisinha! – disse eu. – Alguém o jogou fora para morrer aqui? Vou levar você para casa comigo.
Em casa, encontrei uma caixa e dentro dela coloquei uma
almofadinha e uma toalha. Amornei um pouquinho de leite e ministrei-o com um
conta-gotas. O bichinho engoliu com gratidão o que pus em sua boca, mas era tão
pouquinho! Tentei fazer com que comesse num pires, mas o animalzinho estava
muito fraco. Lavei-lhe as feridas e conversei com ele. Conservei-o ao lado da
minha cama durante a noite e levantei várias vezes para alimentá-lo.
A despeito dos meus melhores esforços, o gatinho morreu.
Quando percebi que todo o meu trabalho tinha sido em vão, joguei-me sobre a
cama e solucei por um bom tempo. Depois procurei uma caixa de sapatos e
enterrei o gatinho no quintal, sob o mamoeiro.
“Pobre, pobre gatinho”, disse eu, enquanto cobria a
caixa com terra. “Tive você só alguns dias para amar, e já sinto tanto a sua
falta. Vai ser muito bom quando Jesus voltar e não teremos de perder mais
ninguém, nunca mais.”
Lembrei-me de amigos e queridos que já haviam falecido:
meu pai, vovó Eaton, vovó Brown, tia Nina… Também havia perdido Frisky, meu cachorro cocker spaniel. Chorei mais um
pouco.
Escolhendo Amigos
Perder amigos pela morte é doloroso. Em breve, Jesus
virá e enxugará todas as nossas lágrimas. Não haverá morte, nem choro, nem
desapontamento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário