Aquele que habita no
esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará. Salmo 91:1, RC
Passava da meia-noite quando acordei,
e meu esposo me disse que ouvira um ruído estranho numa
das portas do nosso quarto. Ele disse que era como se alguém tentasse abrir a
porta. Não levei a questão muito a sério, já que nossa casa é grande e é comum
ouvir sons diferentes à noite. Assim, apagamos a luz e nos acomodamos para
voltar a dormir. Então, após alguns minutos, quando tudo estava em silêncio,
ouvi claramente o som de alguém tocando a fechadura da porta. Com um salto,
fiquei em pé, acendi a luz e olhei na direção da porta. Embora tivéssemos a
impressão de que havia alguém do outro lado, tudo ficou muito quieto. Esperamos
um longo tempo e apagamos a luz de novo, mas desta vez ficamos sentados para
esperar. Após alguns segundos, o ruído começou de novo. Parecia que alguém
estava usando uma chave de fenda para afrouxar os parafusos da porta. Acendemos
a luz outra vez.
Eu estava arrepiada de medo e tremendo muito. Nem meu marido nem eu nos lembramos de que os parafusos da porta estavam do lado de dentro, de modo que ninguém poderia soltá-los do lado de fora. Também era estranho que nosso cachorro estivesse dormindo tranquilamente lá fora, sob a janela. Quisemos ligar para a recepção do condomínio onde moramos, porém estávamos um pouco apreensivos. Talvez não houvesse ninguém por trás da porta e, no dia seguinte, toda a vizinhança riria de nós.
Enquanto aguardávamos, olhei de repente para o chão e vi
um camundongo correndo para se esconder embaixo da nossa cama. Não sei de onde
ele surgiu, mas, ao ver-se sem saída, fizera sons de arranhar na porta, como
alguém que tentava abri-la. Aquilo foi demais para mim. Dei um pulo e corri
para o closet, fechando a porta atrás de mim. Meu gentil esposo ficou sozinho
para pegar o camundongo.
Essa experiência me ensinou uma lição. Embora oremos e
peçamos a proteção de Deus, na realidade não confiamos nEle como deveríamos.
Quando deixamos que Ele nos guie, não nos sentimos tão assustados. Às vezes,
acabamos por achar graça e rir dos problemas posteriormente, como foi nosso
caso, embora tivesse sido assustador naquele momento. Todos precisamos crescer
na maturidade cristã. Precisamos confiar plenamente em nosso Pai celestial,
para que, em tempos amedrontadores, possamos sentir paz.
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