Portanto, não se
preocupem com o amanhã, pois o amanhã trará as suas próprias preocupações.
Basta a cada dia o seu próprio mal. Mateus 6:34
A vista era magnífica: meu esposo e eu estávamos
rodeados por picos nevados de montanhas, prateados ao luar. O clima era ideal –
nenhuma nuvem no céu e temperatura perfeita para nosso tão aguardado passeio
para a prática do esqui. As acomodações eram luxuosas. Acostumados como
estávamos a armar uma barraca, o colchão confortável, os lençóis de flanela e o
espesso cobertor estavam vários degraus acima do nosso padrão normal. Não nos
importamos com o fato de estarem estendidos na parte traseira do nosso veículo.
Desejando desfrutar o mundo silencioso, estacionamos junto ao início da trilha e caminhamos. Nossas botas estalavam a neve seca, e nuvens de ar condensado surgiam à nossa frente enquanto conversávamos. Meia hora depois, retornamos ao carro, com as faces brilhando.
Desejando desfrutar o mundo silencioso, estacionamos junto ao início da trilha e caminhamos. Nossas botas estalavam a neve seca, e nuvens de ar condensado surgiam à nossa frente enquanto conversávamos. Meia hora depois, retornamos ao carro, com as faces brilhando.
Eu não esperava dormir um sono ininterrupto durante a
noite toda, e assim, quando acordei pouco depois da meia-noite, não me
surpreendi. Simplesmente me virei, sonolenta, puxei as cobertas para aquecer o
nariz e olhei pela janela para apreciar as brilhantes estrelas. Não se
mostravam tão claras como algumas horas antes. Obviamente estava ficando
nublado. Cochilei por uma hora, abrindo os olhos de tempos em tempos para olhar
as estrelas e notar que a cobertura de nuvens se tornava espessa. Depois,
dormi.
Perto das 4h acordei de novo. Desta vez não vi estrelas.
Não estava nevando, mas, pensei, talvez precisássemos mudar os planos. Afinal,
não queríamos ser apanhados numa nevasca. Depois, puxei as cobertas para cobrir
a cabeça e aquecer as orelhas, e caí no sono.
Várias horas mais tarde, acordei com a luz solar
entrando pelas janelas do carro. Esfregando os olhos, tive a curiosidade de
saber o que havia acontecido com as nuvens. Tentei espiar pelas janelas, mas
foi impossível – elas estavam cobertas com uma fina camada de gelo cintilante,
criado pela nossa respiração condensada. As “nuvens” que haviam ameaçado
escurecer meu dia e estragar nossos planos eram uma ilusão.
Rindo, calcei as botas, as luvas, vesti o gorro e a
jaqueta e abri a porta. Vi um céu limpo, nossos esquis a postos no banco de
neve e meu esposo dizendo: “É um dia espetacular. Logo que for possível, vamos
lá!”
Nenhum comentário:
Postar um comentário