Por isso, também me
esforço por ter sempre consciência pura diante de Deus e dos homens. Atos 24:16
Certo dia, em sua escola indiana, Mohandas
Gandhi e um amigo conversavam acerca do povo que
governava a Índia na época.
– Por que você acha que os ingleses estão aqui para
governar-nos? – perguntou Mohandas.
– Por que são mais fortes do que nós – respondeu o
amigo.
– O que os torna mais fortes? – quis saber Mohandas.
– A carne – respondeu o amigo. – Os ingleses comem
carne, e os hindus são vegetarianos.
– Mas você é forte e é um hindu.
O amigo riu.
– Não diga nada a ninguém, mas como carne secretamente.
Vá até a minha casa qualquer dia, e vou lhe dar um pouco de carne. Então você
também ficará forte!
Mohandas pensou: “Talvez ele tenha razão. Ele é alto,
forte e um fantástico corredor. Eu sou baixo, magrinho e não consigo correr
bem.
Talvez ele tenha encontrado o segredo da força.”
– Vou lá amanhã – concordou Mohandas. – Vou aceitar um
pouco de carne. Quero ver se ela me deixa forte.
Na tarde seguinte, depois da aula, os dois amigos foram
a um lugar calmo junto às margens do rio. O amigo desenrolou um pacotinho entre
seu material escolar e ali estavam dois pedaços de carne de carneiro
temperados. Mohandas observou seu amigo, que mordeu um pedaço e o mastigou com
prazer.
– Vamos, seu bobo! – riu o amigo. – Está querendo
continuar fraquinho a vida toda?
Mohandas deu uma mordida e começou a mastigar a porção
rapidamente. Não gostou do sabor, mas esforçou-se para engoli-lo, imaginando o
tempo todo quão forte se tornaria.
Naquela noite, sentiu como se o animal lhe estivesse
chutando o estômago, impedindo-o de dormir. Sua consciência também o
importunava.
Antes do amanhecer, Mohandas decidiu: “Nunca mais. Se
algum dia deveremos vencer os ingleses, terá de ser de outra maneira, porque
minha consciência não me permitirá matar ou comer carne.”
Mohandas Gandhi cresceu e tornou-se Mahatma Gandhi, o
grande mestre da não violência e líder de um movimento que trouxe à Índia a
libertação do domínio inglês. Sua força adveio de ter seguido a própria
consciência.
Escolhendo Amigos
Precisamos avaliar as sugestões de nossos amigos à luz
daquilo que nossa consciência diz ser o correto.
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