Seis
tipos de ventos que podem atingir qualquer casamento.
1) O vento da
impossibilidade de procriar (1Samuel 1)
… (Elcana) tinha duas
mulheres; uma se chamava Ana, e a outra Penina. Penina tinha filhos, Ana,
porém, não tinha. … E porque o Senhor a tinha deixado estéril, sua rival a
provocava continuamente, a fim de irritá-la. … Isso acontecia ano após ano.
Sempre que Ana subia à casa do Senhor, sua rival a provocava e ela chorava e
não comia. (1Sm 1.2, 4, 6, 7 – NVI).
Como dissemos, os
ventos são situações fora de controle. Por mais que a medicina tenha evoluído,
ainda há muitas pessoas que experimentam a mesma dor da Ana. Se hoje a
infertilidade já representa um sofrimento extremo, imagine naquela época, em
que havia uma expectativa exacerbada sobre cada mulher israelita: quem sabe ela
não poderia ser a mãe do Messias?
Não ter filhos era
estar debaixo de uma maldição do Todo-Poderoso . Repare que, no próprio texto,
o autor diz: “o Senhor a tinha deixado estéril”. Um exemplo bíblico da atuação
de Deus nessa mesma área encontra-se no livro de Gênesis, quando o rei Abimeleque é castigado com a
esterilidade do seu harém . Neste caso, a maldição é removida depois que Abraão
ora por ele. Na visão da época, a mulher que não tinha filhos era amaldiçoada.
Nos tempos bíblicos,
uma família abençoada era caracterizada pelo grande número de filhos. Os filhos
representavam a continuidade dos negócios, a proteção e a continuação da
família.
Bem-aventurado aquele que teme ao
SENHOR e anda nos seus caminhos… A tua mulher será como a videira frutífera aos
lados da tua casa; os teus filhos como plantas de oliveira à roda da tua mesa.
(Sl 128.1, 3)
Todo marido queria
ser “bem-aventurado”, abençoado, e parte desta benção passava pelo aumento da
família mediante a geração de muitos filhos. Ana não somente não tinha muitos
filhos, como não tinha filho algum! Ela não se sentia motivo para o marido ser bem-aventurado.
Ana experimentou o
vento da esterilidade e viveu em angústia a ponto de perder a fome. Ela nunca
poderia ser mãe do Messias, estaria sempre debaixo da maldição de Deus e não
poderia realizar o sonho do marido, dos pais e o seu próprio sonho.
Quantas mulheres hoje
se identificam com Ana, Sara, Rebeca e Mical, com a mulher de Zacarias e tantas outras que lutaram
para ser instrumentos de Deus na geração de uma vida. Segundo o Dr. Roger Abdelmassih, a esterilidade é um
drama que deixa “famílias desertas em um mundo superpovoado”. Ele afirma que há inúmeros casais desejosos de ter
filhos e contrasta o fato com o alarmante número de abortos: três milhões por
ano.
Fiquei surpreso ao
saber que 20% dos casais em idade fértil têm problemas para engravidar. Um em
cada cinco. O Dr. Roger considera a esterilidade com uma doença que assola o
planeta. Os transtornos, as crises de autoestima, a desvalorização social, ansiedade e angústia são mais
comuns do que se imagina.
Na época dos
patriarcas, não havia a reprodução assistida, que tem um sucesso de 50% em seus
esforços de ajudar os casais inférteis. Mas mesmo com a tecnologia e o avanço
médico do século 21, ainda há muitos que sofrem com esse vento.
Quando todos os
esforços e orações não são suficientes, sempre aconselho considerar a adoção
como forma de “povoar” o lar. Adotamos o Pedro, nosso caçula, quando
recém-nascido e como tem sido gratificante desfrutar do privilégio de criá-lo
como um de nossos filhos biológicos. Ele tem sido uma benção em nossa casa.
Não permita que o
vento da esterilidade prejudique o seu casamento. Que vocês se unam ainda mais,
como tijolos que se abraçam e desfrutam da proximidade enquanto aguardam a
tempestade passar.
2) O vento da
enfermidade (João 11)
Mandaram, pois, as
irmãs de Lázaro dizer a Jesus: Senhor, está enfermo aquele a quem amas. (Jo 11.3)
Marta e Maria, amigas
de Jesus, foram assoladas pela tempestade de uma enfermidade na vida do irmão,
Lázaro. Sem aviso e sem pedir permissão, a enfermidade alojou-se na vida do
rapaz que ficou à beira da morte. Os sentimentos de surpresa, perplexidade e impotência
esbofetearam a família, que sofreu e foi compelida a prosseguir e trabalhar no
que seria necessário para reverter o quadro da enfermidade.
Lázaro não estava
doente porque pecara; ele não estava sendo castigado por Deus. Eles eram amigos
chegados de Jesus, que teria sinalizado qualquer desvio. Mesmo assim, ele ficou
enfermo.
Perguntar “por que” não é a maneira mais produtiva de se lidar com o
problema, mesmo assim essa pergunta martela na cabeça.
Podemos definir três
causas principais que promovem a enfermidade: a terra amaldiçoada, a ação de
demônios e algum pecado na vida da pessoa. Depois que Adão e Eva pecaram,
receberam as consequências de seu pecado
pronunciadas por Deus e uma delas foi que a terra seria maldita por causa de
Adão.
Essa questão é fácil
de entender. Por toda parte vemos o efeito devastador da maldição: terremotos,
chuvas de granizo sobre as plantações, pragas, insetos que transmitem
enfermidades, vírus mutantes, bebês que nascem deformados. A lista não tem fim.
Este planeta debaixo de maldição, no qual todos nós habitamos, promove muitas
enfermidades.
Outra causa
registrada nas Escrituras é a ação de demônios. Temos o exemplo da mulher
encurvada a quem Jesus curou expulsando um demônio. Temos o exemplo do demônio
que fazia com que um homem ficasse mudo e surdo, e novamente Jesus curou
expulsando o espírito imundo. Outro caso é o de Jó,
que foi assolado por enfermidades uma vez que o diabo recebeu autorização de
Deus para fazê-lo. Isto nos dá uma pista bem interessante. Devemos sempre
tratar essas questões diretamente com Deus, como fez Jó, porque
independentemente da origem, ele é poderoso para reverter o quadro, caso ache
conveniente dentro do propósito perfeito que ele tem para nós.
Por último, temos o
grupo das doenças causadas por pecado. Em Apocalipse, Jesus fez com que uma
mulher que transtornava a Igreja ficasse enferma para que ela se arrependesse
Há também inúmeras doenças somáticas que manifestam no corpo alguma disfunção
da alma. Falta de perdão, ódio, ansiedade e depressão são as “campeãs” como
causa de cânceres, gastrites, problemas de pressão e coração, e toda sorte de
mazelas.
O resumo é o
seguinte: se você ou algum membro da família ficar doente, vá ao médico e faça
todo o possível para curar-se pelos meios naturais. Deus lhe deu inteligência e
vontade para fazer a sua parte.
Não deixe, porém, de
orar e de pedir ajuda da igreja, como fizeram Marta e Maria. O Senhor há de
dirigir, consolar, mostrar a saída, e ele pode até curar. Novamente, que o
casal e a família se unam mais ainda, enquanto o vento passa.
Quando a doença bate
à nossa porta, se a casa não estiver edificada sobre a rocha, não suportará o
vento. Certa vez, recebemos o telefonema de um casal de amigos que nos informou
que, segundo todos os exames realizados, sua filhinha recém-nascida era uma
criança especial, que precisaria de cuidados especiais por toda a vida – tudo
indicava que o bebê fosse portador da Síndrome de Down. Não é fácil leitor.
Rousemary, minha esposa, e eu
também tivemos uma experiência muito dura. Em uma consulta médica, fomos
informados de que ela tinha um câncer de dois a três centímetros no seio. Ainda
que saibamos que a medicina já tem tratamentos eficazes contra tal moléstia, há
muitos casos em que o paciente não resiste e morre. A sensação é devastadora. A
possibilidade de uma “partida” antes da hora surge em nosso imaginário e a luta
da razão baseada na fé tem início.
Nestas horas, embora
perplexos, mas não desanimados, procuramos agir pelos princípios que aprendemos
e não pelas emoções. Seguindo em fé e obediência, atendendo às prescrições
médicas e com muita oração, superamos este momento sombrio. Minha amada Rousemary está totalmente
curada e podemos dizer que a casa não caiu.
3) O vento da
perda de um ente querido
…Então um homem
chamado Jairo, dirigente da sinagoga, veio e prostrou-se aos pés de Jesus,
implorando-lhe que fosse à sua casa porque sua única filha, de cerca de doze
anos, estava à morte. Estando Jesus a caminho, a multidão o comprimia.
E estava ali certa
mulher que havia doze anos vinha sofrendo de uma hemorragia e gastara tudo o
que tinha com os médicos; mas ninguém pudera curá-la. Ela chegou por trás dele,
tocou na borda de seu manto, e imediatamente cessou sua hemorragia. “Quem tocou
em mim? “, perguntou Jesus. Como todos negassem, Pedro disse: “Mestre, a
multidão se aglomera e te comprime”.
Mas Jesus disse:
“Alguém tocou em mim; eu sei que de mim saiu poder”.
Então a mulher, vendo
que não conseguiria passar despercebida, veio tremendo e prostrou-se aos seus
pés. Na presença de todo o povo contou por que tinha tocado nele e como fora
instantaneamente curada.
Então ele lhe disse:
“Filha, a sua fé a curou! Vá em paz”.
Enquanto Jesus ainda
estava falando, chegou alguém da casa de Jairo, o dirigente da sinagoga, e
disse: “Sua filha morreu. Não incomode mais o Mestre”.
Ouvindo isso, Jesus
disse a Jairo: “Não tenha medo; tão-somente creia, e ela será curada”.
Quando chegou à casa
de Jairo, não deixou ninguém entrar com ele, exceto Pedro, João, Tiago e o pai
e a mãe da criança.
Enquanto isso, todo o
povo estava se lamentando e chorando por ela. “Não chorem”, disse Jesus. “Ela
não está morta, mas dorme”.
Todos começaram a rir
dele, pois sabiam que ela estava morta.
Mas ele a tomou pela
mão e disse: “Menina, levante-se! “
O espírito dela
voltou, e ela se levantou imediatamente. Então Jesus lhes ordenou que lhe
dessem de comer. Os pais dela ficaram maravilhados, mas ele lhes ordenou que
não contassem a ninguém o que tinha acontecido. (Lc
8.40-56 NVI)
Jairo tinha uma
filhinha de doze anos de idade que estava em estado terminal. Os médicos já
haviam desistido e não podiam mais ajudar. Ele precisava fazer algo e foi
buscar ajuda na única pessoa que pode o impossível – Jesus.
Os religiosos da
época expulsavam da sinagoga aqueles que declaravam sua fé em Jesus, mas Jairo,
mesmo sendo o principal da sinagoga, buscou ajuda. Ele colocou em risco a sua
reputação. Depois de algum tempo de busca, ele encontrou o Senhor, que se dispôs
a ir até a casa dele para curar a menina.
Tudo parecia correr
bem até que uma mulher furou a fila do milagre. O Mestre parou e gastou minutos
preciosos. Enquanto esperavam terminar aquela conversa de Jesus com a mulher, a
filhinha de Jairo morreu e um mensageiro lhe trouxe a devastadora notícia. Não
há palavras para descrever o impacto de uma notícia como essa.
Eu experimentei esse
vento da morte quando soube de maneira abrupta da morte de meu pai. Meu irmão
pensou que eu já soubesse do fato, mas eu estava telefonando para ele
justamente para me informar. Ele disse: “Ah, você já sabe, né, que o pai bateu o
carro, quebrou o pescoço e morreu?”. Eu nunca me esqueço. Foi muito doloroso.
Parecia que haviam tirado o chão de debaixo dos meus pés.
Nós costumamos achar
que estas calamidades só sopram na casa dos outros, mas esse vento pode atingir
a nossa casa também. Por isso ela precisa estar edificada sobre a rocha.
No relato bíblico,
Jesus falou que Jairo não deveria ficar com medo, mas crer. Em seguida, Jesus
pediu a todos que saíssem da casa. Ele deu uma ordem, e a menina voltou à vida!
Na maioria das vezes,
porém, não recebemos os mortos de volta, por meio da ressurreição, como foi no
caso de Jairo. Há quem diga que perder um ente querido é como sofrer uma
amputação da qual a pessoa irá se recuperar, mas ela nunca mais será a mesma.
Nada pode remover a
terrível dor da separação, mas podemos ter alívio ao lembrar das promessas de
vida eterna que recebemos do Senhor. Veja como Paulo consolou os irmão de Tessalônica:
Irmãos, não queremos
que vocês sejam ignorantes quanto aos que dormem, para que não se entristeçam
como os outros que não têm esperança.
Se cremos que Jesus
morreu e ressurgiu, cremos também que Deus trará, mediante Jesus e juntamente
com ele, aqueles que nele dormiram.
(1Ts 4.13, 14 NVI)
É extremamente
reconfortante saber que um dia reencontraremos aquela pessoa amada e que nunca
mais haverá separação, choro nem lágrimas. Quando choram diante de Deus, os
cristãos têm a promessa do inexplicável consolo do Espírito Santo.
Bem-aventurados os que choram, pois
serão consolados. Mt 5.4 NVI
Embora eu não deseje
partir logo para a eternidade, quando isso acontecer, sei que será muito bom
poder rever o meu pai e todos os amados e amadas que já estão com o Senhor,
além de ficar por toda eternidade ao lado do meu Deus.
Mesmo com o vento da
perda, a casa não cairá.
4) O vento da
impotência ou frigidez sexual
Naamã, comandante do
exército do rei da Síria, era muito respeitado e honrado pelo seu senhor, pois
por meio dele o Senhor dera vitória à Síria. Mas esse grande guerreiro ficou
leproso.
…
Então, Naamã foi com seus cavalos
e carros e parou à porta da casa de Eliseu.
Eliseu enviou um
mensageiro para lhe dizer: “Vá e lave-se sete vezes no rio Jordão; sua pele
será restaurada e você ficará purificado”.
…
Assim ele desceu ao
Jordão e mergulhou sete vezes conforme a ordem do homem de Deus; ele foi
purificado e sua pele tornou-se como a de uma criança. (2Rs 5.1, 9 e 14)
Naamã, oficial do exército
do rei da Síria, ganhava todas as batalhas, gozava de alto conceito diante do
rei e de seus liderados, era muito bem-sucedido em sua carreira. Apesar de
tanto sucesso fora de casa, quando tirava a camisa, em sua intimidade, o que se
via era uma pele branca de lepra.
A falta de dor é o
grande problema dessa doença. O leproso perde a sensibilidade, pois seus nervos
sensores não funcionam mais. Ele pode queimar a mão, bater o pé, machucar o
dedo, ou até perder uma orelha, mas não sente, não percebe, não tem dor.
Phillip Yansey escreveu A Dádiva da
Dor, um livro no qual ele nos desafia a louvar a Deus justamente pela tão
evitada dor. Se não houvesse a dor, você morreria, pois ela é um mecanismo de
defesa do corpo. O leproso perde a sensibilidade em várias partes do corpo. Naamã poderia ter perdido
a sensibilidade no seu órgão genital, ficando impossibilitado de ter uma
ereção. O que é um homem sem a possibilidade de relacionar-se sexualmente se a
masculinidade está intimamente associada ao sexo?
Um homem pode
experimentar esta disfunção por origem orgânica, como foi o caso de Naamã, ou por fundo
emocional.
Basta que o fluxo de sangue do pênis seja prejudicado que a
impotência se apresenta. Aproximadamente 5% de homens com mais de 40 anos e
entre 15% e 25% de homens com mais de 65 anos já viveram a experiência da
impotência. É um processo inevitável do envelhecimento, devido às alterações do
fluxo sanguíneo peniano por processo aterosclerótico, como também a queda
inevitável do nível de testosterona.
Impotência é uma
palavra que, além de imprecisa, traz em si uma conotação muito negativa. Ela
dever ser substituída pela expressão disfunção erétil, que é a incapacidade
sistemática – isto é, muito frequente – de ter ou manter uma ereção que permita, tanto pela
rigidez do pênis quanto pelo tempo de ereção, a penetração e realização do ato
sexual.
Alguns autores
consideram a ejaculação precoce um tipo de disfunção erétil. Qualquer homem
normal pode apresentar, em determinadas situações, dificuldade em ter ou manter
a ereção. Dentre as causas mais comuns de distúrbio episódico de ereção, temos:
1. excessos de bebida
ou comida;
2. abatimento por
doença (gripe, por exemplo);
3. cansaço físico;
4. preocupação
intensa;
5. depressão por fato
trágico, como a morte de pessoa querida;
6. rejeição à
parceira por algum motivo;
7. conflitos com a
parceira etc.
O bom desempenho
sexual depende de:
1. bom estado geral
de saúde;
2. alimentação
saudável;
3. sono adequado;
4. exercícios físicos
regulares;
5. estresse reduzido;
6. baixa tensão
emocional;
7. uso moderado de
bebidas alcoólicas;
8. não fumar;
9. não usar drogas
psicoativas sem acompanhamento médico;
10. atitude positiva
em relação ao sexo etc.
Esse drama, como toda
tempestade, não escolhe cor de pele, origem, nível econômico ou religião, e tem
a sua “versão” feminina – a frigidez.
A frigidez pode ser
considerada uma disfunção, uma incapacidade da prática sexual em todas ou
algumas das seguintes fases: desejo, excitação e orgasmo.
Qualquer dificuldade,
em qualquer dessas fases, leva a uma inadequação e a uma experiência sexual
incompleta. As respostas físicas, psíquicas e químicas ocorrem tanto no homem
quanto na mulher, pois os dois foram feitos do mesmo material e pelo mesmo arquiteto.
As fases são subsequentes à continuidade dos
estímulos e carinhos para chegar ao desfecho, que é o orgasmo, que consiste em
um quadro de contrações e relaxamento dos músculos com uma sensação intensa de
prazer. Alguns autores chegam a comparar a intensidade do orgasmo à morte. Mas
fiquem tranquilos. O sexo não mata,
não tem contraindicações e traz muita vida!
As possíveis causas
das dificuldades da mulher são várias, cada uma com seu respectivo tratamento.
1 Fobia sexual, na
qual a mulher tem sentimentos de repulsa, pode sentir um medo inexplicável ou
uma ansiedade incontrolável. Nesse caso, um aconselhamento com um sexólogo ou
um psicólogo ajuda bastante, pois normalmente a fobia tem uma origem anterior de
abuso.
2 Transtorno da
excitação, que é a frigidez. Para que haja a penetração durante a relação
sexual, a vagina precisa estar lubrificada e dilatada. Quem sofre deste
transtorno não consegue sentir o estímulo.
3 Inibição do orgasmo
– acontece quando há atraso ou quando o orgasmo não ocorre de modo repetitivo,
mesmo com um estímulo sexual adequado.
4 Dor associada ao
ato sexual – pode haver dores de origem orgânica e de origem psicológica. Uma
consulta ao profissional especializado é fundamental para enfrentar essa
tempestade.
5 Contração
involuntária dos músculos próximos à vagina, impedindo a introdução do pênis,
do dedo ou de algum tampão. Nesse caso, há exercícios apropriados que devem ser
indicados também por um profissional da área.
6 Disfunção causada
por substâncias químicas – se há uma diminuição repentina do desejo ou o
aparecimento de problemas sexuais subsequentes à ingestão de medicamentos, normalmente sedativos, a
mulher deve procurar seu médico para rever a receita.
Em todos os casos,
convém buscar sempre um profissional, a partir do ginecologista, para que ele
descarte ou não as causas físicas e encaminhe para uma conselheira ou
psicóloga.
Uma mulher com
disfunção sexual, seja por razões físicas ou psicológicas, experimenta esse
vento forte e precisa estar calçada na verdade, precisa estar edificada sobre a
rocha.
5) O vento da
possessão demoníaca de um filho
Em Mateus 15, a
Bíblia fala da mulher siro-fenícia que está
desesperada, pois sua filha está em casa possessa, miseravelmente
endemoninhada. Ela corre atrás de Jesus, gritando algo assim: “Senhor, me
socorra; por favor, tenha misericórdia de mim, a minha filha está
endemoninhada, Senhor!”.
Imagine os pais
ultraconservadores cristãos que ouvem um filho confessar sua homossexualidade e
sua decisão de morar com o parceiro. E aqueles que descobrem que seu filho de
14 ou 15 anos de idade é dependente de cocaína, de crack, de maconha – é um
viciado! Há os pais que encontram, depois de três meses de busca, sua filha
trabalhando voluntariamente em uma zona de meretrício. Como deve ser difícil
para um pai ou uma mãe, que investiram pesado e fizeram o melhor dentro de suas
forças, descobrir o filho endemoninhado, caminhando para o inferno!
Não há fórmulas
mágicas nem soluções instantâneas, mas a oração e o amor incondicional são os
caminhos mais eficientes para a reversão do quadro. Como disse o Pr. Silas Malafaia, é possível amar a
pessoa sem aprovar seu comportamento. Ele citou como exemplo as várias senhoras
que amam profunda e consistentemente seus filhos presidiários, sem concordar em
momento algum com as escolhas erradas que eles fizeram.
Uma boa recomendação
é desacelerar a correria do dia a dia para investir mais tempo no convívio com
os filhos e dedicar-se mais à oração. A ação do pai, quando possível, é
extremamente importante e terapêutica. Quanto mais novo é o filho, mas rápida é
a recuperação. Quando esse vento sopra, se a casa não estiver firmada na rocha,
será terrível.
6) O vento do
fracasso moral
No segundo livro de
Samuel, nos capítulos 11 e 12, a Bíblia relata a queda do rei de Davi, que não
era um crente qualquer, mas alguém que tinha um coração de adorador. Ele foi o
homem segundo o coração de Deus, aquele que nos ensinou a adorar, que tocou o
coração de Deus com seu louvor. Este homem, em um momento de vacilo, não soube
lidar com a tentação e fez o inconcebível, o inimaginável para alguém temente a
Deus. Ele não somente adulterou, roubando a mulher de seu fiel soldado Urias,
mas mandou matar seu amigo para livrar-se das evidências do adultério e da
gravidez.
O pecado de Davi teve
implicações na vida pessoal, na sua família e em seu reino. Quando a tempestade
de um fracasso moral atinge uma pessoa, espalha seu rastro de destruição por
toda a sua área de influência. Sofre quem pecou, sofrem os filhos, os liderados,
a esposa, a mãe, os parentes, a empresa, enfim, tudo quanto está à sua volta.
Com Adão, que trouxe uma maldição para o planeta – a sentença foi assim:
“maldita é a terra por tua causa”). Também é assim conosco. Um pecado moral
atinge todas as relações à nossa volta.
Alguém pode ser
atingido pelo pecado de outro e sofrer sem ter culpa. É o caso de um filho que
vive distante do pai que deixou o lar para viver uma aventura, ou de uma esposa
que se manteve fiel, que fez o seu melhor, mas que não foi suficiente para a cobiça,
a ganância e o egoísmo do marido que a abandonou.
O rei Davi tinha uma
filha virgem, que foi forçada pelo próprio irmão. Ela tinha uma vida normal,
mas o vento que abalou a família ainda soprava de modo sinistro e comprometeu
toda sua vida e inocência. O irmão, Amnon, nutria certa paixão patológica por ela e depois de
conseguir dormir à força com a irmã, a desprezou, expulsando-a de casa.
A tragédia poderia
ter terminado por ali se o rei Davi tivesse estabelecido uma punição para o
estuprador. No entanto, com a consciência comprometida pelo próprio pecado
moral, o rei e juiz de Israel fez vista grossa, abrindo espaço para a ira de
outro irmão, que duvidou da capacidade de julgamento do pai e fez justiça com
as próprias mãos, assassinando o estuprador.
Quantas pessoas
poderiam ter sido poupadas, mas a tempestade do pecado deixou seu rastro de
destruição. Absalão, que mandou matar o
irmão, depois de ficar exilado bastante tempo, promoveu uma rebelião e tomou o
trono do pai. Davi fugiu com seus homens de confiança e, durante um combate
entre as forças do revoltoso e as do antigo rei, o rapaz acabou morto.
Mesmo assim, a graça
de Deus se manifestou. Pode ser que você tenha sido atingido por uma tempestade
semelhante. Talvez tenha sido você o pecador, ou pode ser que você tenha sido
atingido pelo erro de um terceiro. Independentemente do caso, você pode contar
com a graça e o perdão de Deus. Perdoar é imperativo para se livrar do lixo
emocional que se deposita na alma.
Esse vento do
fracasso moral é sério e pode atingir qualquer casamento. Se o casal não
estiver com sua casa levantada sobre a rocha, a construção pode sucumbir.
Pr.
Josué Gonçalves
Nenhum comentário:
Postar um comentário