Purifica-me com hissopo, e ficarei puro;
lava-me, e mais branco do que a neve serei. Salmo 51:7
Levei alguns anos para notar
quão bela a neve pode ser. Em minha infância na Austrália, um país quente, meus lugares prediletos eram a praia e o oceano. Da Austrália fui para a Índia, um país mais quente ainda, local em que, paradoxalmente, vi a neve pela primeira vez no cimo das montanhas.
quão bela a neve pode ser. Em minha infância na Austrália, um país quente, meus lugares prediletos eram a praia e o oceano. Da Austrália fui para a Índia, um país mais quente ainda, local em que, paradoxalmente, vi a neve pela primeira vez no cimo das montanhas.
Depois da Índia, fomos para a Andrews University, em Michigan, EUA. O
inverno em Berrien Springs é rigoroso e coberto
de neve. Quando ele chegava, eu não via a hora que fosse embora. Mas, certo
ano, enquanto observava melancolicamente a paisagem branca com grandes flocos
de neve caindo do céu, me encontrei com uma aluna que enxergava o mundo de maneira
totalmente diferente.
– Não é lindo? – ela disse. – Mal posso esperar a
chegada do inverno a cada ano!
Gradualmente comecei a fazer as pazes com o inverno de
Michigan. Se você não pode com ele, junte-se a ele. Estava prestes a adquirir
um par de esquis quando nos mudamos para Washington. Ali, local em que o
inverno é bem menos rigoroso, por fim comecei a apreciar a beleza da neve.
Aprecio fazer caminhada, especialmente em companhia de Noelene. Caminhar na neve
proporciona um encanto e um prazer que não se comparam a nenhuma trilha nas
montanhas ou escalada. Agasalhamo-nos bem, colocamos meias grossas e botas e
nos aventuramos no mundo maravilhoso da neve. É especialmente esplendoroso se
os flocos de neve ainda estiverem caindo e baterem de encontro com as
bochechas. Afundamos o pé na neve o trajeto inteiro, produzindo um chiado
distinto. O ar crepita como cristal; o menor som é transportado para longe. Não
há necessidade de caminhos nem trilhas, pois a neve é uma grande niveladora.
Torna tudo plano para onde quer que você vá. Provavelmente você ouça
passarinhos cantando alegremente nas partes mais densas do trajeto.
Tudo parece belo sob o carpete branco. As cercas vivas
merecem ser fotografadas. O simples pé de framboesa, coberto com capuz branco,
reluz e brilha. O gramado mais inferior e o arbusto mais feio são
transformados. Qualquer lixo fica coberto, escondido. O mundo nasceu de novo.
Exatamente como a neve, a graça cobre nossas
imperfeições, nossa aspereza, nossa rudeza. A pessoa menos dotada de atrativos
físicos se torna uma princesa ou um príncipe ao ser tocada pelo Mestre da
“neve”, que é o Rei da graça.
A graça torna tudo belo. A graça torna tudo novo.
-> Texto: William G. Johnsson,
do devocional 2012 “Jesus a preciosa graça”, da Casa Publicadora Brasileira.
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