Porque aos Seus anjos
dará ordens a teu respeito. Salmo 91:11
O grupo de jovens da nossa igreja em Manhattan tinha
sido convidado para confraternizar-se com uma sociedade semelhante em Nova
Jersey. Teríamos uma reunião no sábado à tarde e uma social depois do pôr do
sol. Nós, os jovens, nos reunimos em nossa igreja e fizemos a viagem juntos a
Nova Jersey.
Eu era membro recente da igreja, e bastante ingênua.
Achava que todos eram sérios na guarda dos Dez Mandamentos, e por isso me
surpreendi quando entreouvi a conversa de alguns rapazes sentados ao meu lado
no trem. Instintivamente, revelei meu assombro: “Mas nós somos guardadores dos
mandamentos! Como vocês podem ter essas ideias?”, perguntei.
Eles olharam para mim e riram. “Os tempos, hoje, são
modernos”, disse um, e continuaram a expressar suas ideias imorais. Tendo-me
convertido recentemente, e cheia de fervor, tolamente tentei endireitá-los. A
conversa foi retomada quando voltamos para casa. Quando desembarcamos do trem,
aqueles rapazes tomaram a dianteira e fui andando com eles, esperando ainda corrigir
a visão deles. Como eu estava na frente, não vi que eles me levaram a me
afastar do grupo. Então, subitamente, percebi que eles estavam para sair da
estação. Ainda nos encontrávamos no centro da cidade e precisávamos tomar outro
trem para o bairro. Sentindo o perigo, dei a volta apressadamente.
Antes disso, sabendo que voltaríamos tarde de Nova
Jersey, eu havia feito arranjos para passar a noite com duas moças do grupo.
Quando me virei, esperando ir com elas, descobri, para meu constrangimento, que
não havia ninguém por ali. Aquelas duas garotas, vendo-me tão envolvida com os
rapazes, interpretaram mal o tema da nossa conversa. Sem me consultar,
embarcaram no trem e tomaram seu rumo sem mim.
Eu estava perdida! Era adolescente, recém-chegada do
Caribe, e ainda não sabia me orientar. Andei pela estação até ver trilhos de
trem e fiquei naquela plataforma, esperando estar no lugar certo.
De repente, um homem parou ao meu lado e perguntou:
“Você quer ir à Rua 116, esquina com a Avenida Lenox?” Respondi que sim. “Bem, você está no lugar errado.”
Então, ele me disse como pegar o trem certo. Como é que ele sabia para onde eu
queria ir? Lembrei-me, subitamente, de que não lhe agradecera a informação, e
virei a cabeça. Ele havia desaparecido.
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