Livraste-me da beira
da morte, tiraste meus pés do abismo da destruição. Agora passeio livremente
com Deus nos campos ensolarados da vida. Salmo 56:13
Cresci num lar que ficava nos limites
da
cidade. Bem atrás de nossa casa estendiam-se os imensos campos da fazenda leiteira, convidando-nos para empinar as pipas que nós mesmos fazíamos. Depois da fazenda, havia uma estrada e do outro lado uma grande planície que pertencia à base de abastecimento militar, mas aberta ao público. Uma árvore solitária se destacava naquele cenário, e perto dela havia uma quadra de concreto de 20 metros de extensão construída para jogar críquete. Arrastávamos o equipamento de críquete pela fazenda até chegar ao campo militar. Se andássemos mais um pouco, chegaríamos à plantação de trigo. Lembro-me de ter andado por ali, com o trigo quase da minha altura. Escolhi um bom lugar e deitei por cima do trigo. Fiquei ali, totalmente escondido do mundo, olhando para o céu. O zunido dos insetos era o único som que eu podia ouvir.
cidade. Bem atrás de nossa casa estendiam-se os imensos campos da fazenda leiteira, convidando-nos para empinar as pipas que nós mesmos fazíamos. Depois da fazenda, havia uma estrada e do outro lado uma grande planície que pertencia à base de abastecimento militar, mas aberta ao público. Uma árvore solitária se destacava naquele cenário, e perto dela havia uma quadra de concreto de 20 metros de extensão construída para jogar críquete. Arrastávamos o equipamento de críquete pela fazenda até chegar ao campo militar. Se andássemos mais um pouco, chegaríamos à plantação de trigo. Lembro-me de ter andado por ali, com o trigo quase da minha altura. Escolhi um bom lugar e deitei por cima do trigo. Fiquei ali, totalmente escondido do mundo, olhando para o céu. O zunido dos insetos era o único som que eu podia ouvir.
O sol australiano brilha forte. Toda vez que visito
minha terra natal, esta é a primeira coisa que me chama a atenção: o brilho
intenso da luz. Outro lugar que visitei que sempre associo à luz é a Irlanda.
Não como os brilhantes raios solares da Austrália, mas uma luz de natureza mais
suave e encantadoramente bela.
Nos dias de minha infância, eu caminhava
despreocupadamente – sem chapéu, sem protetor solar. Hoje ainda caminho em
campos ensolarados, mas com uma diferença: aprendi “a música dolente e imóvel
da humanidade” (Wordsworth); senti o poder das
garras gélidas da morte; espreitei o abismo da destruição. E o Deus da graça me
concedeu a alegria e o conforto inexprimíveis de continuar passeando pelos
campos ensolarados.
Na época em que fui aluno do Avondale College, na Austrália, o
coral costumava entoar uma linda melodia: “Meu Deus e Eu” [HASD, 417]. Esse
hino fala de uma pessoa que, segurando na mão de Deus, sai para caminhar pelos
campos em Sua companhia. Eles conversam como bons amigos; riem juntos. Deus lhe
conta a respeito dos planos que tem para a sua vida e, em seguida, o hino
atinge o auge de sua letra ao falar do glorioso porvir, ocasião em que a Terra
e seus curtos dias passarão. “Meu Deus e Eu” ainda caminharemos juntos, para
sempre e eternamente.
Querido Deus, toma-me pela mão e caminha comigo hoje.
Texto: William G. Johnsson,
do devocional 2012 “Jesus a preciosa graça”, da Casa Publicadora Brasileira.
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