Vejamos quão
criativos podemos ser ao encorajarmos o amor e as boas obras. Hebreus 10:24
Gosto de observar o comportamento das pessoas quando
saem da igreja após o culto. Quando saem cabisbaixas, mal cumprimentando os
outros e apressadas, digo a mim mesmo: “Elas não escutaram as boas-novas hoje.”
Mas quando entoam o hino final com ânimo, caminham com a cabeça erguida e
demoram para deixar o lugar em que foram abençoadas, reflito: “Hoje elas
ouviram a mensagem de esperança e coragem.”
Não vamos à igreja para ser espancados pelo pregador. A
vida já é dura demais. Não precisamos que alguém nos diga o que já sabemos, que
atrapalhamos tudo, que frustramos o ideal de Deus para nós. Não vamos à igreja
porque somos perfeitos, mas porque estamos longe da perfeição. Queremos ver
Jesus, nosso Salvador, nosso Médico, nossa esperança viva.
Um dos meus pregadores preferidos é o pastor adventista
do sétimo dia Jim Gilley. Seus sermões são
sempre interessantes e entrelaçados com ilustrações, a maioria extraída de sua
própria experiência. Ele nunca se coloca em evidência, apenas partilha suas
lutas com uma pitada de humor autorreprovador.
O pastor Gilley já escreveu vários livros, entre eles Keep On Keeping On [Prossiga
Prosseguindo]. Não é de surpreender que ele tenha um sermão com o mesmo título
em que conta a história de um homem diabético que, por muitos anos, cuidou
rigorosamente de sua dieta alimentar, mas, por fim, disse à família: “Vou comer
o que bem entender, mesmo que isso me mate.” E cumpriu o que disse. Apenas duas
semanas após sua morte, a insulina injetável foi inventada. Ele desistiu cedo
demais.
Durante a época da faculdade, Jim Gilley teve notas muitos
ruins e decidiu parar os estudos. Ao conversar com o reitor da instituição para
solicitar a interrupção do curso, o reitor logo percebeu o problema de Jim: seu
namoro havia acabado fazia pouco tempo. O reitor aconselhou Jim a tirar uns
dias de folga fora do campus e assegurou-lhe que assinaria os papéis para a
desistência do curso assim que ele retornasse ao campus. Jim aceitou o conselho
do reitor e saiu por alguns dias. Dirigiu horas e horas, pensou muito. Ao
retornar para o campus, decidiu continuar os estudos. Ele permaneceu na
instituição, tratando a ex-namorada da forma mais rude que podia.
Mas a graça é estranha e maravilhosamente criativa. Um
ano mais tarde, eles se casaram e viveram felizes para sempre!
-> Texto: William G. Johnsson,
do devocional 2012 “Jesus a preciosa graça”, da Casa Publicadora Brasileira.
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