Jesus Cristo, ontem e
hoje, é o mesmo e o será para sempre. Hebreus 13:8
Estava ficando tarde, e Roberto,
meu esposo, ainda não se encontrava em casa. Com frequência, ele se atrasava,
mas dessa vez foi diferente: ele havia prometido que chegaria cedo a fim de
levar as crianças para as compras de Natal. Ele sabia como isso era importante
para as crianças, e raramente quebrava uma promessa feita a elas.
Sentada à mesa, eu me lembrei de outra ocasião natalina,
uns 30 anos antes, quando eu tinha 12 anos de idade. Meus irmãos e irmãs
enfeitavam a árvore de Natal. Quase todos os presentes que seriam colocados sob
a árvore já haviam sido embrulhados, e minha mãe estava na cozinha, preparando
quitutes no fogão e no forno. Todos pareciam felizes, exceto mamãe – ela
parecia preocupada.
Mamãe se preocupava com meu pai, já que ele ainda não
havia chegado e estava ficando tarde. Papai trabalhava na cidade, e como seu
trajeto durava 60 minutos em cada direção, estávamos acostumados com o atraso
dele. Mas, dessa vez, foi diferente. Como era época de Natal, ele iria passar
pela feira a fim de comprar frutas, nozes e especiarias para mamãe usar em seus
preparativos. Não era porque ele traria compras que estávamos preocupados, mas
sim porque queríamos tê-lo em casa com segurança. Nós, as crianças, sempre lhe
dizíamos boa-noite antes de ir para a cama. Mamãe tentou não demonstrar que
estava preocupada, mas não conseguia disfarçar muito bem. E mamãe tinha todo
direito de estar preocupada – mau pai trabalhava na pior região da cidade, e
ela se preocupava com a sua segurança. Por fim, ela nos mandou para a cama,
embora protestássemos, querendo esperar nosso pai.
Logo que me deitei, ouvi mamãe na cozinha, orando para
que Deus trouxesse papai para casa com segurança, porque nós precisávamos dele.
Então saí da cama, me ajoelhei e comecei a orar. Antes de voltar para a cama,
ouvi a porta da frente se abrir e mamãe receber meu pai. Meus irmãos e irmãs
devem ter ouvido também, porque todos nós descemos a escada correndo, ao mesmo
tempo, e demos um forte abraço em nosso pai.
Assim, ao colocar meus filhos na cama nesta época de
Natal, faço a mesma oração de 30 anos atrás, crendo que Deus me ouvirá e trará
meu esposo e pai dos meus filhos com segurança para casa, mais uma vez.
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