Cristo recebia constantemente do Pai para que nos
pudesse comunicar. “A palavra que ouvistes”, disse Ele, “não é Minha, mas do
Pai que Me enviou” (Jo 14:24). [...] Vivia,
meditava e orava não para Si mesmo, mas para os outros. Depois de passar horas
com Deus, apresentava-Se manhã após manhã para comunicar a luz do Céu às
pessoas. Diariamente recebia novo batismo do Espírito Santo. Nas primeiras
horas do novo dia, o Senhor O despertava de Seu repouso e Seu coração e lábios
eram ungidos de graça para que a pudesse transmitir a outros. As palavras Lhe
eram dadas diretamente das cortes celestiais; palavras que Ele pudesse falar
oportunamente aos cansados e oprimidos. [...]
As orações de Cristo e Seu hábito de comunhão com Deus
impressionavam muito os discípulos. Um dia, depois de breve ausência de Seu
Senhor, encontraram-nO absorto em súplicas. Parecendo inconsciente da presença
deles, continuou orando em voz alta. O coração dos discípulos foi movido
profundamente. Ao cessar Ele de orar, exclamaram: “Senhor, ensina-nos a orar” (Lc 11:1).
Correspondendo ao pedido, Cristo proferiu a oração do Pai Nosso, tal como a
dera no sermão da montanha. [...]
“Qual de vós”, disse, “tendo um amigo, e este for
procurá-lo à meia-noite e lhe disser: Amigo, empresta-me três pães, pois um meu
amigo, chegando de viagem, procurou-me, e eu nada tenho que lhe oferecer” (Lc 11:5, 6)? [...]
Cristo representa aqui o suplicante solicitando, para
que pudesse dar. [...] Do mesmo modo, os discípulos deveriam solicitar bênçãos
de Deus. No alimentar a multidão e no sermão sobre o pão do Céu, Cristo lhes
revelara sua obra como representantes Seus. Deviam dar ao povo o pão da vida.
[...] Pessoas famintas do pão da vida iriam ter com eles, e eles se sentiriam
destituídos de recursos. Precisavam receber alimento espiritual, pois, de outro
modo, nada teriam para repartir. Não deviam, porém, despedir pessoa alguma sem
alimentá-la. Cristo lhes apontou a fonte de provisão. [...]
E não supriria Deus – que enviou Seus servos para
alimentar os famintos – aquilo de que precisassem para Sua própria obra? (Review and
Herald, 11 de agosto de 1910).
-> Texto: Ellen G. White, do
devocional 2013 “Perto do Céu”, da Casa
Publicadora Brasileira. -> Música: Leonardo
Nenhum comentário:
Postar um comentário