Ele enxugará dos seus
olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor,
pois a antiga ordem já passou. Apocalipse 21:4
Meu esposo e eu estávamos nas Ilhas
Gregas, na viagem dos nossos sonhos. O tempo estava
lindo, e o mar era de um azul que nunca tínhamos imaginado. Havia passeios
maravilhosos e dias cheios de felicidade. Tudo era perfeito. Uma tormenta,
porém, se formava.
Um dia, para ter notícias de casa, telefonei para minha
filha Neila. Perguntei se estava
tudo bem, e ela me respondeu que sim.
Mas percebi tristeza na voz dela. – O que aconteceu?
Você está triste.
– Mamãe, acabo de saber que tenho um tumor no pâncreas.
Tumor? Pâncreas? Meu mundo pareceu desmoronar num
instante. Ao perceber minha angústia, ela disse: – Não fique assustada, mãe.
Pode ser benigno.
Voltamos para casa imediatamente. Começou uma sucessão
de dias escuros, seguidos por dias ainda mais tristes de cirurgia,
quimioterapia, alguns dias de descanso e depois uma nova série de químio. Desejávamos
conservar a esperança, mas sentíamos que a doença progredia.
“Ó Deus”, orei, “não estou preparada para perder minha
filha. Por favor, salva minha filha!” A parte difícil foi dizer: “Que se faça a
Tua vontade.”
Vieram os longos dias no hospital: analgésicos, morfina,
depois doses maiores de morfina para ajudá-la a suportar a dor. “Mamãe, se Deus
me ama, por que estou sofrendo deste jeito?”
Como responder? Como fazer com que ela entendesse – e eu
também – que, embora não vejamos o Sol, sabemos que ele está lá? Embora não
entendêssemos, tínhamos que confiar e saber que Deus estava conosco durante
aquele tempo de extrema dor; que Ele sofria conosco e nos enxugava as lágrimas.
Minha oração mudou: “Pai, não deixes que ela perca a crença em Ti. Ajuda-a para
que ela se apegue à sua fé!” Por fim, ela pediu: “Mãe, ore para que Deus perdoe
meus pecados.” Ela havia entregado a vida totalmente a Jesus! Então, como um
barco que navega para mais e mais longe da praia, a vida dela se foi.
Mas esse não é o fim. Um dia, a morte será tragada pela
vitória. Então proclamaremos: “Onde está, ó morte, a sua vitória? Onde está, ó
morte, o seu aguilhão?” (1 Coríntios 15:55).
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