53⁰ Dia – Marcos 15


De manhã bem cedo, os chefes dos sacerdotes com os líderes religiosos, os mestres da lei e todo o Sinédrio chegaram a uma decisão. Amarrando Jesus, levaram-no e o entregaram a Pilatos.
"Você é o rei dos judeus?", perguntou Pilatos. "Tu o dizes", respondeu Jesus.
Os chefes dos sacerdotes o acusavam de muitas coisas.
Então Pilatos lhe perguntou novamente: "Você não vai responder? Veja de quantas coisas o estão acusando".
Mas Jesus não respondeu nada, e Pilatos ficou impressionado.
Por ocasião da festa, era costume soltar um prisioneiro que o povo pedisse.
Um homem chamado Barrabás estava na prisão com os rebeldes que haviam cometido assassinato durante uma rebelião.
A multidão chegou e pediu a Pilatos que lhe fizesse o que costumava fazer.
"Vocês querem que eu lhes solte o rei dos judeus?", perguntou Pilatos,
sabendo que fora por inveja que os chefes dos sacerdotes lhe haviam entregado Jesus.
Mas os chefes dos sacerdotes incitaram a multidão a pedir que Pilatos, ao contrário, soltasse Barrabás.
"Então, que farei com aquele a quem vocês chamam rei dos judeus? ", perguntou-lhes Pilatos.
"Crucifica-o", gritaram eles.
"Por quê? Que crime ele cometeu?", perguntou Pilatos. Mas eles gritavam ainda mais: "Crucifica-o!"
Desejando agradar a multidão, Pilatos soltou-lhes Barrabás, mandou açoitar Jesus e o entregou para ser crucificado.
Os soldados levaram Jesus para dentro do palácio, isto é, ao Pretório e reuniram toda a tropa.
Vestiram-no com um manto de púrpura, depois fizeram uma coroa de espinhos e a colocaram nele.
E começaram a saudá-lo: "Salve, rei dos judeus!"
Batiam-lhe na cabeça com uma vara e cuspiam nele. Ajoelhavam-se e lhe prestavam adoração.
Depois de terem zombado dele, tiraram-lhe o manto de púrpura e vestiram-lhe suas próprias roupas. Então o levaram para fora, a fim de crucificá-lo.
Certo homem de Cirene, chamado Simão, pai de Alexandre e de Rufo, passava por ali, chegando do campo. Eles o forçaram a carregar a cruz.
Levaram Jesus ao lugar chamado Gólgota, que quer dizer Lugar da Caveira.
Então lhe deram vinho misturado com mirra, mas ele não o bebeu.
E o crucificaram. Dividindo as roupas dele, tiraram sortes para saber com o que cada um iria ficar.
Eram nove horas da manhã quando o crucificaram.
E assim estava escrito na acusação contra ele: O REI DOS JUDEUS.
Com ele crucificaram dois ladrões, um à sua direita e outro à sua esquerda,
e cumpriu-se a Escritura que diz: "Ele foi contado entre os transgressores".
Os que passavam lançavam-lhe insultos, balançando a cabeça e dizendo: "Ora, você que destrói o templo e o reedifica em três dias,
desça da cruz e salve-se a si mesmo!"
Da mesma forma, os chefes dos sacerdotes e os mestres da lei zombavam dele entre si, dizendo: "Salvou os outros, mas não é capaz de salvar a si mesmo.
O Cristo, o Rei de Israel... Desça da cruz, para que o vejamos e creiamos! " Os que foram crucificados com ele também o insultavam.
E houve trevas sobre toda a terra, do meio dia às três horas da tarde.
Por volta das três horas da tarde, Jesus bradou em alta voz: "Eloí, Eloí, lamá sabactâni?" que significa: "Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste?"
Quando alguns dos que estavam presentes ouviram isso, disseram: "Ouçam! Ele está chamando Elias".
Um deles correu, embebeu uma esponja em vinagre, colocou-a na ponta de uma vara e deu-a a Jesus para beber. E disse: "Deixem-no. Vejamos se Elias vem tirá-lo daí".
Mas Jesus, com um alto brado, expirou.
E o véu do santuário rasgou-se em duas partes, de alto a baixo.
Quando o centurião que estava em frente de Jesus ouviu o seu brado e viu como ele morreu, disse: "Realmente este homem era o Filho de Deus!"
Algumas mulheres estavam observando de longe. Entre elas estavam Maria Madalena, Salomé e Maria, mãe de Tiago, o mais jovem, e de José.
Na Galiléia elas tinham seguido e servido a Jesus. Muitas outras mulheres que tinham subido com ele para Jerusalém também estavam ali.
Era o Dia da Preparação, isto é, a véspera do sábado. Ao cair da tarde,
José de Arimatéia, membro de destaque do Sinédrio, que também esperava o Reino de Deus, dirigiu-se corajosamente a Pilatos e pediu o corpo de Jesus.
Pilatos ficou surpreso ao ouvir que ele já tinha morrido. Chamando o centurião, perguntou-lhe se Jesus já tinha morrido.
Sendo informado pelo centurião, entregou o corpo a José.
Então José comprou um lençol de linho, baixou o corpo da cruz, envolveu-o no lençol e o colocou num sepulcro cavado na rocha. Depois, fez rolar uma pedra sobre a entrada do sepulcro.
Maria Madalena e Maria, mãe de José, viram onde ele fora colocado. 

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