Negociações de paz devem ser retomadas em Washington após meses de diplomacia, informou a BBC |
O Departamento de
Estado americano afirmou que israelenses e palestinos retomarão as negociações
de paz em Washington na segunda-feira (29).
Os dois lados haviam
abandonado a mesa de negociações em 2010. Há meses, o secretário de Estado John
Kerry participava de um esforço diplomático para colocar representantes dos
dois lados frente à frente novamente.
O anúncio ocorreu
horas depois de Israel concordar em soltar mais de 104 prisioneiros palestinos.
A libertação, que dividiu o governo israelense, deve ocorrer de forma
escalonada, em quatro etapas, durante meses – de acordo com a evolução das
negociações de paz.
Ela afirmou que Kerry
entrou em contato com o premiê israelense Benjamin Netanyahu e o presidente Mahmoud Abbas neste domingo. Os
dois teriam concordado que o encontro “serve como uma oportunidade para
desenvolver um plano de procedimentos sobre como as duas partes devem se
comportar em relação às negociações nos próximos meses”.
Ela deu a entender
que os pontos mais conflitantes entre palestinos e israelenses não serão
tocados no encontro inicial, dendo apenas discutido o tema de como serão as negociações.
Entre os pontos mais
polêmicos estão os assentamentos judeus na Cisjordânia, a situação de Jerusalém
e o futuro dos refugiados palestinos.
As conversações de
paz de 2010 fracassaram porque as partes não conseguiram se entender sobre a
questão dos assentamentos. Eles são considerados ilegais segundo a lei
internacional – contextada por Israel.
“Ambos os líderes têm
demonstrado uma vontade de tomar decisões difíceis que têm sido fundamentais
para chegar até este ponto. Somos gratos por sua liderança”, disse Kerry em uma
declaração.
Segundo a
correspondente da BBC em Washington, Katy Watson, Kerry visitou a região de conflito seis vezes
desde que foi nomeado secretário de Estado há cinco meses.
O gabinete de Netanyahu aprovou a libertação
dos prisioneiros por 13 votos a sete.
O órgão também
elaborou uma proposta de lei que prevê a realização de um referendo para a
adoção de qualquer acordo de paz que envolva concessões territoriais.
O governo israelense
afirmou ser importante que todos os cidadãos votem diretamente em decisão tão
histórica.
Fonte: BBC
Brasil
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