Toyohiko Perdoa


Toyohiko não se sentia à vontade enquanto seguia um colega pelo terreno do colégio japonês, na direção do campo de atletismo. “Por que desejaria alguém me ver no campo de esportes, a esta hora do dia?” Toyohiko tinha conhecimento de que a maior parte dos estudantes estava contra ele, porque não acreditava na guerra. Ele achava que os cristãos deviam seguir o exemplo de Jesus, não reagindo diante de pessoas más.

Estava quase chegando ao campo de esportes, quando um grupo de estudantes saltou de trás de uns arbustos, gritando: – Traidor! Covarde! – Bateram nele, arranharam-no, deram-lhe pontapés e socos. O sangue escorria do rosto de
Toyohiko e misturava-se com a terra do chão. Ah, como doía! Uma dor incrível lhe torturava o corpo. Ele se sentiu humilhado e zangado.

“Acaso não foram os meus antepassados os samurais que nunca perdoavam ninguém? Sou forte. Bem que poderia ensinar a esse grupo algumas coisas acerca de lutar com valentia!” Depois
Toyohiko pensou em Jesus, o Líder que ele decidira seguir. Jesus era o Salvador que perdoava. “Devo ser como Jesus”, decidiu Toyohiko. “Preciso fazer o que Jesus faria se estivesse aqui no meu lugar, sentindo a mesma dor e humilhação”.

Seus atacantes retrocederam enquanto
Toyohiko tentava colocar-se em pé. Ele tremia por causa do espancamento. Lutou para firmar-se. Então, juntando as mãos, olhou para o céu e orou: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”. Um por um, seus atacantes deixaram o campo de esportes. Quando ele abriu os olhos, estava só.

Essa não foi a última oportunidade que
Toyohiko teve de imitar a Jesus. Em anos subsequentes, seus atacantes usaram facas, atiraram contra sua casa com arma de fogo, quebraram sua louça e tiraram até a roupa que ele estava vestindo. Outra vez, um agressor quebrou seus quatro dentes da frente. Em nenhuma oportunidade ele lutou para defender-se. Encarava-os com um sorriso, e quando isso não dava certo, corria. Mas orava sempre: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”.

Tente orar como
Toyohiko na próxima vez em que for prejudicado por alguém. Será a coisa mais corajosa que você já terá feito.

(Dorothy Eaton Watts. In: Inspiração Juvenil 2012: amigo é pra essas coisas. Tatuí: CPB, 2012. Texto digitado por Reginaldo Santos e publicado no grupo 
Boas Novas).

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