Fora de controle

Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apoie em seu próprio entendimento; reconheça o Senhor em todos os seus caminhos, e Ele endireitará as suas veredas. Provérbios 3:5, 6, NVI


 Meu esposo e eu havíamos ganhado um grande cão esquimó, fêmea. Ivy, com seu espesso e fofo pelo, era também um animal simpático que não conhecia sua própria força e às vezes nos derrubava.

Como os cães esquimós são conhecidos por se desviarem da obediência, a criadora nos recomendou que mostrássemos a ela quem era o dono em casa. Também mencionou que Ivy não hesitaria em agarrar um animal menor e sacudi-lo até a morte. Assim, nós a mantínhamos confinada.


Meu esposo, fielmente, saía para caminhar com ela pelas longas estradinhas do campo. Um dia, quando ele estava doente, decidi tentar. Peguei a correia e saí da porta, enquanto Ivy saltitava de expectativa. Logo ela estava presa à correia e saímos. Nas encruzilhadas, tomávamos o rumo norte. Como de costume, a cachorrinha do vizinho saiu, latindo furiosamente. Puxei bastante, para trazer Ivy a reboque, mas desta vez a pequenina Barky estava mais audaciosa e nos seguiu. A pobre Ivy se retorcia toda. Consegui fazer com que andasse para a frente, e Barky, finalmente, ficou para trás. Por fim, Ivy e eu demos meia-volta e retornamos.

Ivy sempre puxava com mais força ao voltar para casa. E agora, com a pequena Barky à frente, e eu com menos força para segurar a correia, enfrentei um desafio. Enterrei minhas enormes botas na neve e puxei com ambas as mãos para que ela diminuísse a velocidade da caminhada. Ao nos aproximarmos do cruzamento, ela puxou com tanta força que fiquei desesperada.

A essa altura, Barky estava de volta ao seu quintal, mas eu sabia que Ivy voaria atrás dela no instante em que meus pés saíssem do chão, se eu fosse forçada a correr. Assombravam-me imagens mentais em que eu era arrastada com o rosto sobre o cascalho. Mas, se eu soltasse a correia, isso seria um adeus à Barky, e nossas pedregosas relações com os vizinhos se tornariam rochedos.

Sem fôlego, fiz uma oração. Meus pulmões doíam. Meu corpo gritava. Eu suava, embora estivesse um frio enregelante. De algum modo, pela graça de Deus, manobramos naquela esquina e chegamos à entrada de casa.

É engraçado como as circunstâncias podem facilmente levar-nos a sentir a perda do controle. Minha desesperada e entrecortada oração a Deus foi a resposta. Ele endireitou nossa vereda para casa, removendo dela o perigo.

(Dawna Beausoleil in Meditação da Mulher

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