Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, pois deles é o Reino
dos Céus. Mateus 5:10
A oitava e última bem-aventurança
ecoa a primeira: “Bem-aventurados os pobres em espírito, pois deles é o Reino dos Céus” (Mt 5:3). “Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, pois deles é o Reino dos Céus.” As oito bem-aventuranças sintetizam o Sermão do Monte. Elas abrangem desde como os cidadãos do reino do Céu são (as primeiras quatro – pobres em espírito, pranteadores, mansos, famintos) até como eles vivem (as três seguintes – demonstram misericórdia, são totalmente devotados a Deus e promovem a paz). E de que maneira o mundo se relaciona com pessoas que diferem de forma tão radical? Ele as persegue, as humilha ou as rejeita, ou profere mentiras a seu respeito para depreciá-las.
ecoa a primeira: “Bem-aventurados os pobres em espírito, pois deles é o Reino dos Céus” (Mt 5:3). “Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, pois deles é o Reino dos Céus.” As oito bem-aventuranças sintetizam o Sermão do Monte. Elas abrangem desde como os cidadãos do reino do Céu são (as primeiras quatro – pobres em espírito, pranteadores, mansos, famintos) até como eles vivem (as três seguintes – demonstram misericórdia, são totalmente devotados a Deus e promovem a paz). E de que maneira o mundo se relaciona com pessoas que diferem de forma tão radical? Ele as persegue, as humilha ou as rejeita, ou profere mentiras a seu respeito para depreciá-las.
Há algo, porém, que diferencia a última bem-aventurança
das outras. Nós não devemos buscá-la. A perseguição vem naturalmente – é
inevitável, pois a verdade e o erro, a luz e as trevas, o bem e o mal não estão
em harmonia. É horrível pensar nisso, mas é verdade: o primeiro filho que
nasceu neste mundo tornou-se o primeiro assassino. “E por que [Caim] o matou
[Abel]? Porque suas obras eram más e as de seu irmão eram justas” (1Jo 3:12).
Nos primeiros séculos da igreja cristã, algumas pessoas
provocaram a perseguição. Uma delas foi um líder chamado Inácio, que foi levado
para Roma e jogado para ser devorado pelas feras. Ao longo do trajeto, ele
escreveu cartas em que antecipou seu destino e se deleitou em imaginá-lo. Se as
feras selvagens se recusassem a atacá-lo, ele afirmou que as incitaria para
virem atrás dele.
Ideias como essa não são sinônimo de coragem, mas de
pensamento distorcido. A perseguição vem; mas não deve ser instigada. Mas
quando ela vier, pois ela certamente virá a todos os que vivem piedosamente
(2Tm 3:12), a promessa do Mestre virá também: “Alegrem-se e regozijem-se,
porque grande é a sua recompensa nos Céus” (Mt
5:12).
Em viagem ao exterior, conversei em particular com o
líder de uma igreja em que os seguidores de Jesus sofreram muito por causa de
sua fé. Em um jardim isolado, longe de aparelhos de escuta, ele me disse: “Temo
o dia em que estaremos livres. Sob as condições atuais, nosso povo é zeloso e
fiel. Temo pelo materialismo que virá com a liberdade.”
Ele entendia a verdade da oitava bem-aventurança.
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