Encalhados


Eis o mar, imenso e vasto. [...] Nele passam os navios. Salmo 104:25, 26

Estávamos desfrutando outras férias agradáveis em família, hospedados num apartamento de frente para o mar, na bela Costa do Sol em Queensland. Da sala, podíamos contemplar as águas calmas do canal Pumicestone, até uma ilha de areia e, além dela, o mar aberto. O canal tinha movimento o dia todo, com pequenos barcos pesqueiros e outros de lazer, indo e voltando. Um bando de pelicanos se ocupava em sua rotina diária – sempre de olho em algum pescador que se dispusesse a partilhar o produto de seu trabalho – e além, no cais, grandes navios cargueiros passavam a intervalos regulares. Cerca de duas vezes por dia, um pequeno navio de cruzeiro, cheio de turistas, também passava e fazia uma parada no cais próximo.

Notei que o barco de passeio parecia seguir uma rota muito indireta quando cruzava da extremidade do canal para o cais. Achei que o capitão simplesmente tentava prolongar aquilo que, de outra forma, seria um trajeto curto – até o dia em que o barco chegou a um ponto do outro lado do nosso apartamento e parou de modo abrupto e não programado. Os voluntários da Guarda Costeira lançaram rapidamente à água seus botes infláveis e zarparam para trazer de volta os passageiros encalhados. Mas, pelo resto da tarde, o barco de passeio ficou exatamente no lugar em que se encontrava. De tempos em tempos, o capitão, sem dúvida constrangido, saía para inspecionar o barco, andando soturnamente ao redor dele, com água na altura dos joelhos. Sim, o barco estava firmemente encalhado sobre um banco de areia. As tentativas da Guarda Costeira para removê-lo não tiveram sucesso. Não havia escolha, a não ser aguardar a hora da maré alta.

Soubemos, posteriormente, que as cintilantes águas do canal
Pumicestone ocultavam muitos bancos de areia, uma armadilha tanto para marinheiros que desconheciam a região, como para os que tivessem excesso de confiança ou falta de atenção. Esse pequeno episódio também foi um lembrete de como precisamos da guia de Deus ao navegarmos pelas águas da vida. É reconfortante saber que Ele prometeu: “Quando você atravessar as águas, Eu estarei com você; quando você atravessar os rios, eles não o encobrirão” (Isaías 43:2).

Muito obrigada, Senhor, por nos manteres na rota e nos resgatares pacientemente, sempre que, de modo insensato, tiramos os olhos de Ti e encalhamos!


(Jennifer M. Baldwin in Meditação da Mulher)

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