Aquele que diz estar
na luz e odeia a seu irmão, até agora, está nas trevas. 1 João 2:9
Uma antiga história judaica tem algo importante a nos
dizer acerca da escolha de amigos.
– Qual é o momento exato do alvorecer? – perguntou um
velho rabino a seus discípulos. – Como podemos saber o momento preciso em que a
noite termina e o dia começa?
Os discípulos olharam-se, intrigados. Que perguntas
estranhas fazia seu mestre!
– Estou falando sério! – insistiu o rabino. – Exatamente
quando termina a noite e começa o dia? Pensem!
Um dos rapazes reuniu coragem e sugeriu:
– Quando se pode distinguir à distância um cachorro de
uma ovelha.
– Não – respondeu o mestre.
– Talvez quando se possa perceber a diferença entre uma
figueira e uma videira – disse outro aluno.
– Também não – disse o rabino, sacudindo a cabeça. –
Pensem mais um pouco.
Durante longo tempo os rapazes ficaram em silêncio,
tentando descobrir aonde o rabino queria chegar. Por fim, um deles falou.
– Por favor, diga-nos a resposta. Nós desistimos.
– É quando se tem luz suficiente para olhar seres
humanos no rosto e reconhecê-los como irmãos e irmãs. Antes que isso aconteça,
ainda há escuridão.
Com base nesse padrão, há muitas trevas no mundo de
hoje. Quantas vezes olhamos a face de alguém de outra etnia e pensamos: “Esse
não pode ser meu irmão. Não se parece comigo. Somos muito diferentes para
sermos irmãos.” Ou então podemos olhar dentro dos olhos de uma vizinha com
deficiência mental e pensar: “Ela não tem inteligência suficiente para ser
minha amiga.”
Ou então visitamos um asilo de velhinhos e vemos uma
senhora curvada, enrugada, sentada diante da TV com olhos distantes e pensamos:
“Ela é muito velha para ser minha irmã. Nem percebe quem está chegando ou
saindo.” Ou evitamos alguém numa cadeira de rodas e pensamos: “Não há jeito de
sermos amigos.” Ou ainda podemos caçoar de alguém que fale nosso idioma com
sotaque ou vista roupas diferentes.
Precisamos enxergar nossos semelhantes à luz do amor de
Deus.
Escolhendo Amigos
Saberemos que somos o povo da luz quando olharmos o
rosto de alguém e, sorrindo, dissermos: Este é meu irmão! Esta é minha irmã!
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