O Silêncio da Graça


E contou-lhes ainda outra parábola: “O Reino dos Céus é como o fermento que uma mulher tomou e misturou com uma grande quantidade de farinha, e toda a massa ficou fermentada.” Mateus 13:33

Nosso mundo se tornou muito
barulhento. Em programas de auditório (uma abominação moderna), os convidados tentam se sobressair aos demais interrompendo a fala alheia sem a menor educação, elevando o tom da voz e falando sem parar para que ninguém mais consiga proferir uma palavra sequer. Na televisão, o volume aumenta sozinho assim que os comerciais entram no ar. O espaço à nossa volta está congestionado de sons musicais de qualidades variadas, conversas ao celular e pessoas comercializando produtos em voz alta.


Deus trabalha de maneira completamente diferente. Ele não grita; mas nos fala com “voz mansa e delicada” (1Rs 19:12, ARC). Quando Deus veio à Terra (nós O chamamos de Jesus), Ele não veio munido de megafones, faixas chamativas ou sistemas de som de primeira linha. “Não gritará nem clamará, nem erguerá a voz nas ruas”, predisse o profeta a Seu respeito (Is 42:2).

A graça age silenciosamente. É como o fermento, disse Jesus. O fermento é misturado à farinha para fazer o pão. Hoje temos à disposição fermentos que agem de forma rápida, diminuindo muito o tempo na cozinha. Seja, porém, rapidamente ou devagar, o fermento age silenciosamente, permeando a massa completamente, fazendo-a crescer.

O fermento na parábola “ilustra o poder vivificante e assimilador da graça de Deus”, escreveu Ellen White com palavras animadoras.

“Ninguém é tão vil, ninguém tão decaído, que esteja além da operação desse poder. Em todos quantos querem submeter-se ao Espírito Santo deve ser implantado um princípio novo de vida: a perdida imagem de Deus deve ser restaurada na humanidade” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 96).

Creio piamente que todo mundo pode mudar. A despeito da idade ou das circunstâncias, não precisamos continuar no mesmo ciclo de vida. Creio que podemos crescer, avançar, abrir asas e voar alto. O segredo, porém, se encontra fora de nós mesmos. Está além de nós, mas pode se tornar parte de nosso ser. Assim como o fermento misturado à farinha, silenciosamente, misteriosamente, a graça de Cristo pode mudar as pessoas – pode mudar você e eu.

Não precisamos permanecer irritados nem mal-humorados. Podemos mudar! Oremos hoje pela graça transformadora de vida. 


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