A Compaixão de Cristo


Ao ver as multidões, teve compaixão delas, porque estavam aflitas e desamparadas, como ovelhas sem pastor. Mateus 9:36

Ao caminhar pelas ruas da cidade
grande, ao observar a multidão reunida para um evento esportivo ou celebração, o que passa em seu coração? Podemos olhar para as pessoas com preconceito, enxergar apenas os maus hábitos que as impedem de atingir seu potencial, ou nosso coração pode identificar-se com elas, almejando seu aperfeiçoamento eterno.

A versão Almeida Revista e Corrigida reproduziu Mateus 9:36 da seguinte forma: “E, vendo a multidão, teve grande compaixão deles, porque andavam desgarrados e errantes.” Jesus não pensou em seus erros e abusos da liberdade; viu apenas seu coração devastado. Ele foi tomado de compaixão. Profunda preocupação inundou Seu ser. Uma força poderosa e instigadora não permitiu que Ele meramente olhasse. Ele tinha que fazer alguma coisa.


Jesus Se compadeceu ao olhar as multidões. Compadeceu-Se de cada necessidade que cruzou Seu caminho. Compadeceu-Se diante do leproso que caiu aos Seus pés e suplicou: “Mestre, Se quiseres, podes curar o meu corpo” (Mt 8:2). A despeito das leis da purificação cerimonial que proibiam tocar em qualquer pessoa ou objeto impuro (Lv 5:3), Jesus tocou aquele homem e disse: “Eu quero. Fique limpo” (v. 3). A palavra de Jesus já teria sido suficiente, mas Sua compaixão O levou a demonstrar a maior expressão de amor que um leproso poderia receber: o toque da mão humana.

Diante da viúva, chorando ao lado do caixão de seu único filho, “Seu coração se compadeceu. Ele disse: ‘Não chore.’ Em seguida, aproximou-Se e tocou o caixão” (Lc 7:13, 14). Ele acordou o jovem do sono da morte e o devolveu para a mãe.

Diante de Pedro, tão corajoso e agressivo nos dias ensolarados, tão covarde quando o dia estava nublado, o Mestre voltou-Se e o fitou logo após o galo cantar. Não foi um olhar de raiva, mas de decepção, cheio de compaixão e pesar.

E Pedro “saiu e chorou muito” (Lc 22:62).

Todo o ministério de Jesus pode ser resumido assim: “Ele teve grande compaixão.”

Aquilo que condenamos nos outros, omitimos em nós mesmos. Mas Jesus foi além da censura. Cheio de graça e verdade, Ele ofereceu a graça aos ricos e aos pobres, aos judeus e aos gentios, aos homens e às mulheres. Sua compaixão não conheceu fronteiras nem limites.


Texto: William G. Johnsson, do devocional 2012 “Jesus a preciosa graça”, da Casa Publicadora Brasileira.

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