Alguns professos seguidores de Cristo têm a tendência de
dizer como os discípulos o fizeram em certa ocasião, ao ouvirem as severas
verdades que saíram dos lábios do divino Mestre: “Duro é este discurso; quem o
pode ouvir?” Muitos podem achar que o caminho seja estreito demais. Quando
falamos em renúncia e sacrifício por amor a Cristo, acham que insistimos muito
nesses pontos. Prefeririam nos ouvir falar da recompensa do cristão. Sabemos
que os que são fiéis herdarão todas as coisas; porém, a grande questão é: “Quem
suportará o dia da Sua vinda? E quem poderá subsistir quando Ele aparecer?” (Ml
3:2). Quem será considerado digno de receber a mui grande e preciosa recompensa
a ser concedida aos vencedores? Aqueles que forem participantes dos sofrimentos
de Cristo serão os que partilharão com Ele da Sua glória.
Sem santificação, diz-nos a Palavra de Deus, ninguém
poderá ver o Senhor. Sem pureza de vida é impossível estarmos habilitados a
morar com os santos e imaculados anjos, no puro e santo Céu. Nenhum pecado pode
haver lá. Nenhuma impureza pode entrar pelos portais de pérola da cidade
dourada de Deus. E a questão que compete a nós é: se nos afastamos de todo
pecado e satisfazemos as condições que Deus nos propõe para que nos tornemos
seus filhos e filhas. Ele requer de nós separação do mundo para que nos tornemos
membros da família real. [...]
Cremos, sem nenhuma dúvida, que Cristo está para vir em
breve; e por assim crermos, sentimos a obrigação que está sobre nós de apelar a
homens e mulheres que se preparem para a vinda do Filho do homem. [...] Meu
desejo é que estejamos entre aqueles que se prostrarão diante do trono de Deus,
exclamando: “Digno é o Cordeiro que foi morto” (Ap
5:12). [...]
Quando todos estivermos prontos, tendo vencido todo
pecado, afastado toda iniquidade, estaremos em
condições de receber o toque final da imortalidade. [...]
Não será seguro esperar um tempo melhor por vir. Esse
tempo é chamado hoje. Se alguém ouvir a Sua voz, não endureça o seu coração.
Devemos atender hoje ao convite de misericórdia. Devemos reconhecer nosso
orgulho, nossa insensatez, nossa vaidade e fazer uma inteira entrega do coração
a Deus. Precisamos ir a ele com nossos talentos, toda a influência que temos e
depositar tudo isso, sem reservas, aos pés dAquele que morreu na cruz do Calvário para nos redimir (Review and Herald, 12 de abril
de 1870).
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