Tomarão do sangue e pô-lo-ão em ambas as
ombreiras e na verga da porta. Êxodo 12:7
O Senhor deu a Moisés instruções especiais para os
filhos de Israel, no que diz respeito ao que deveriam fazer para protegerem a
si mesmos e a suas famílias da terrível praga que estava para cair sobre os
egípcios. [...] Nessa noite, tão terrível para os egípcios e tão gloriosa para
o povo de Deus, foi instituída a solene ordenança da Páscoa. De acordo com a
ordem divina, cada família, sozinha ou junto a outras, deveria matar um
cordeiro ou cabrito “sem mácula” (v. 5), e com um molho de hissopo espargir seu sangue
“em ambas as ombreiras e na verga da porta” (v. 7) da casa, para que o anjo
destruidor, vindo à meia-noite, não entrasse naquela habitação. Deveriam comer
“a carne assada”, “com pães asmos; com ervas amargosas” (v. 8), à noite, conforme disse
Moisés, com “os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos pés, e o vosso
cajado na mão; e o comereis apressadamente; esta é a Páscoa do Senhor” (v. 11).
Esse nome foi dado em comemoração à passagem do anjo por suas habitações. Essa
festa deveria ser observada pelo povo de Israel como um memorial em todas as
gerações futuras.
O fermento atua secretamente e é um símbolo apropriado
para a hipocrisia e o engano. Nessa ocasião, os filhos de Israel deveriam se
abster do pão levedado para que a mente deles pudesse ser impressionada com o
fato de que Deus requer veracidade e sinceridade na adoração a Ele. As ervas
amargas representavam sua longa e dolorosa servidão no Egito, e também a
escravidão do pecado. Não bastava simplesmente matar o cordeiro e espargir seu
sangue sobre as ombreiras das portas. Ele deveria ser ingerido, representando
assim a íntima união que deve haver entre Cristo e Seus seguidores.
Esse ritual foi necessário para provar os filhos de
Israel de modo que demonstrassem sua fé no grande livramento que Deus estava
para operar em seu favor. A fim de poderem escapar do terrível juízo que logo
cairia sobre o Egito, o sinal de sangue devia ser posto em suas casas. Era
necessário que eles e seus filhos ficassem separados dos egípcios. [...] Se
qualquer israelita fosse encontrado nas habitações dos egípcios, esse cairia
pela mão do anjo destruidor.
Foi-lhes dada também a ordem de celebrar a festa da
Páscoa como uma ordenança para que quando seus filhos perguntassem sobre seu
significado, eles lhes contassem a respeito de como foram maravilhosamente
protegidos no Egito (Signs of the Times, 25 de março
de 1880).
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