Por falar nisso, no século XV, Jaqueline era a Condessa de Hainaut e possuía um castelo cujo quintal foi chamado de “Jardim da Cozinha”. Mas a simplicidade limitou-se ao nome. Lá está o maior jardim da Europa. Quando for à Holanda, e se quiser ver um oceano de tulipas coloridas, conheça o Keukenhof, um imenso quintal com nada menos que sete milhões de flores espalhadas numa área a perder de vista.
Mas, e quanto ao meu quintal? Ele é bem diferente. Ali tem de tudo: algum brinquedo da minha filha, varal de roupas, azulejos empilhados num canto, um triciclo colorido no outro canto e, para o fascínio da Thalissa, uma enorme bola de plástico inflável na qual ela entra e rola na grama feito astronauta.
Já percebeu como o quintal da gente sempre acaba virando um verdadeiro álbum tridimensional de lembranças da vida? Pode ser uma mala velha, uma chuteira suja pendurada, a vassoura de cabo quebrado ou até uma mangueira que já serviu de canhão na última guerrinha de água! É só gastar um tempo olhando seu “cantinho da bagunça” que muitas aventuras começam a pipocar na memória. E por que nos apegamos tanto a isso? Pela mesma razão que colocamos uma foto da família na tela inicial do computador. Ser humano é fã de guardar as coisas da vida. Quando elas são importantes, viram nosso acervo de boas lembranças. Mas, se são desagradáveis – ou nos magoaram de alguma forma –, tornam-se um acúmulo de entulho pesando na mente e no coração.
E então, como está o quintal da sua vida? Ele é recheado de flores agradáveis e brinquedos divertidos, ou cheio de ressentimento e peso de consciência? Você nasceu para colecionar boas experiências, que mereçam ser lembradas lá no Céu, e não para armazenar coisas ruins. Guarde seus bons momentos e descarte os maus pensamentos. Faça uma faxina nas prateleiras da sua mente. Com Jesus, é possível tornar seu quintal num lindo jardim.
(Inspiração Juvenil)
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