Travessia na África


Eis que Eu envio um Anjo adiante de ti, para que te guarde pelo caminho e te leve ao lugar que tenho preparado. Êxodo 23:20

Tínhamos viajado de carro toda aquela sexta-feira rumo ao parque Masai Mara, no Quênia. A maior parte da estrada era irregular e cansativa. Estávamos de volta à África por apenas três semanas, e esse era nosso primeiro “safári” depois de morar 14 anos em Sidney, Austrália. Ao longo do trajeto até Mara, havíamos dado carona a algumas pessoas e, no fim do dia, louvávamos a Deus pelo passageiro com o saco de batatas. Isso porque um homem alto de Masai, voltando para casa com alimento para a família, estava conosco quando irrompeu a tormenta.


A chuva caía em torrentes, e logo nos encontramos enfrentando um rio caudaloso – que havia sido uma estrada! Paramos numa “ilha” em meio a toda aquela água. Meu marido teve a ideia de dirigir até ela e continuar ali com nosso veículo de tração nas quatro rodas, mas fiquei aterrorizada com isso. O homem Masai, James, disse: “Vamos dar a volta e retornar ao ponto mais alto da planície, para encontrar outro caminho.” Concordei, ansiosamente, e ele nos conduziu através de um “lago” de água. A visibilidade era quase zero, sem sinal de estrada. Ele dizia: “Vire para a esquerda, vire à direita, por aqui, por ali”, e nós, cuidadosa e lentamente, levamos o carro por onde ele nos conduzia, embora não houvesse, absolutamente, evidência de alguma estrada. Chegamos, por fim, à casa dele. Expressamos-lhe nosso agradecimento. Cremos que Deus o enviara a nós.

A chuva tinha diminuído um pouco, mas ainda tínhamos um trecho a percorrer. À nossa frente, ia uma pequena caminhonete branca. Dissemos um ao outro: “Se aquele carro pode, certamente nosso veículo com tração nas quatro rodas vai conseguir!” Então, devagar, conduzimos nosso veículo sobre pedras e correnteza, assim como o carro à nossa frente fazia. Chegamos à ponte sobre o rio Mara, gratos porque ela não estava sob a água, pois o rio é cheio de crocodilos e hipopótamos. Atravessamos, subimos a colina e, após passar por algumas zebras e girafas que se alimentavam, encontramos nosso local de acampamento, enquanto caía a noite africana. Que alívio! Sei que Deus mandou James para nos guiar e o carro branco à frente para nos mostrar o caminho. Louvado seja Ele!

Foi muito tranquilizador, no momento em que começávamos nosso trabalho como missionários, ter a certeza de que Deus ouvia nossas orações e cuidava de nós. Que bênção é confiar nEle

(Joy Butler inMeditação da Mulher)

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