Enganosa é a graça, e
vã, a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor, essa será louvada. Provérbios
31:30
Era o último ano de Paul Scott no ensino médio, quando
percebeu que deixava escapar a bola nos treinos de futebol. Dentro de pouco
tempo, não conseguia mais amarrar os cadarços dos sapatos, nem cortar a comida
no prato.
Agora, o rapaz de 18 anos aguardava o resultado dos
testes na sala de espera da médica. Por fim, ela o chamou.
– Você tem lepra – informou ela.
Aquelas três palavras puseram fim aos seus planos de
cursar a universidade. Interrompeu os estudos e foi para um leprosário no
estado de Louisiana, EUA. Seus dedos curvavam-se para dentro, parecendo garras.
Ficou com vergões feios no rosto. Então os médicos descobriram um remédio
maravilhoso para a cura da lepra.
Depois de seis anos, ele estava curado, mas ainda
desfigurado e com aparência repulsiva. As pessoas afastavam-se dele nos ônibus.
Ninguém lhe dava emprego. Seus velhos amigos ficavam embaraçados por causa da
aparência dele e deixaram de convidá-lo.
Em geral, só saía à noite, para que as pessoas não o
observassem muito. Numa noite, encontrou um grupo de crianças vestidas com
fantasias, junto a um poste de luz. Olharam para ele e ficaram chocadas com sua
aparência.
– Olhem para ele! – disse uma delas, afastando-se. – Ele
não precisa de máscara! – As outras riram e saíram dali.
Paul sentiu-se arrasado. “Minha aparência é tão grotesca
que vai sempre afugentar as pessoas?”, perguntou-se ele. As lágrimas o cegaram
enquanto ele caminhava pela rua, procurando um lugar onde esconder-se. Chegou a
uma igreja e entrou.
Procurando o pastor, disse:
– Venho à sua presença porque não tenho ninguém mais a
quem procurar. Não tenho um amigo no mundo.
– Bem, agora você tem um – disse o pastor. – Pode jantar
comigo amanhã?
Aquele foi o início de uma surpreendente amizade entre o
desfigurado ex-leproso de 24 anos de idade e o pastor, que já estava
envelhecendo.
– Você nunca terá muitos amigos – disse-lhe o pastor –,
mas aqueles que tiver, serão amigos de verdade.
Depois daquilo, Paul conquistou vários amigos novos –
amigos que não se importavam com a aparência dele, porque viam a excelente
pessoa que Paul era por dentro.
Escolhendo Amigos
Ao escolher amigos, a beleza do coração é mais
importante que a beleza do rosto.
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