O irmão mais velho


Ele se indignou e não queria entrar; saindo, porém, o pai, procurava conciliá-lo. Lucas 15:28

Atente para os seguintes pontos da parábola: o irmão mais velho volta do campo, ouve o som de júbilo, pergunta do que se trata e recebe a notícia do retorno do irmão e de que um novilho gordo havia sido morto para a festa. Revela-se no irmão mais velho o egoísmo, o orgulho, a inveja e a malignidade. Considera que o favor demonstrado ao pródigo é um insulto a ele. O pai apresenta suas objeções, mas ele se recusa a analisar a questão sob a luz correta, como também recusa se unir em júbilo com o pai pelo perdido que foi encontrado. Ele dá a entender que, se estivesse no lugar do pai, não receberia o filho de volta e se esquece de que o pobre pródigo é o próprio irmão. Fala de maneira desrespeitosa com o pai, acusando-o de ser injusto com ele, enquanto mostra favor para com aquele que desperdiçou a vida. Fala ao pai a respeito do pródigo como “este teu filho”. Apesar de toda a conduta imprópria do filho, de suas expressões de desdém e arrogância, o pai o trata com paciência e ternura. [...]

Depois de tudo, o irmão mais velho reconheceu seu desmerecimento de um pai tão bondoso e atencioso? Chegou a reconhecer que, embora o irmão tivesse agido impiamente, era ainda seu irmão e sua relação com ele não havia mudado? Arrependeu-se ele do ciúme e pediu perdão ao pai por representá-lo mal em sua presença?

A atitude do irmão mais velho foi uma representação real do impenitente e incrédulo Israel, que recusou reconhecer os
publicanos e pecadores como irmãos a quem deveriam perdoar, procurar, trabalhar por eles e não deixá-los a perecer, mas conduzidos à vida eterna!

Quão bela é essa parábola ao ilustrar as boas-vindas que cada ser humano arrependido receberá do Pai celestial! Com que alegria os seres celestiais exultam ao ver pessoas regressando à casa do Pai! Os pecadores não serão recebidos com repreensão, insulto ou lembrança de sua indignidade. A única exigência é o arrependimento. Disse o salmista: “Pois não Te comprazes em sacrifícios; do contrário, eu Tos daria; e não Te agradas de holocaustos. Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus” 
(Sl 51:16, 17) (Signs of the Times, 29 de janeiro de 1894).

-> Texto: Ellen G. White, do devocional 2013 “Perto do Céu”, da Casa Publicadora Brasileira

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