Por que os evangélicos, de um modo geral, não ingerem bebidas
alcoólicas? Na Bíblia, há alguma proibição ou restrição à ingestão delas?
Em Levítico 10.9-11, lemos:
E falou o SENHOR a
Arão, dizendo: Vinho ou bebida forte tu e teus lhos contigo não bebereis,
quando entrardes na tenda da congregação, para que não morrais; estatuto
perpétuo será isso entre as vossas gerações, para fazer diferença entre o santo
e o profano e entre o imundo e o limpo, e para ensinar aos lhos de Israel todos
os estatutos que o SENHOR lhes tem falado pela mão de Moisés.
Fomos separados para
Deus. Como reis e sacerdotes do Altíssimo, não devemos ingerir bebidas
alcoólicas para não dar lugar à nossa carne e ao pecado. Além disso, em
Provérbios 20.1, é dito o vinho é escarnecedor, e a bebida forte, alvoroçadora; e todo aquele que
por eles é vencido não é sábio. O álcool compromete nossos reflexos e nosso bom
senso, e prejudica a nossa saúde.
Essa droga
psicotrópica, que atua no sistema nervoso central, pode causar dependência e
mudança de comportamento. Além da euforia e desinibição, ela provoca falta de
coordenação motora, sono e descontrole. Após alguns anos, os efeitos agudos do
álcool são sentidos no fígado, no coração, nos vasos sanguíneos e no estômago.
Somos templo do
Espírito Santo (1 Coríntios 3.16,17). Devemos, portanto, cuidar dele. Além de
exercício físico e repouso adequado, precisamos adotar uma alimentação mais
saudável e abster-nos de bebidas alcoólicas, fumo e do uso irresponsável e sem
prescrição médica de medicamentos.
Mesmo um copo de
cerveja antes de dirigir pode ser fatal. Você sabia que um copo de cerveja
demora cerca de seis horas para ser eliminado pelo organismo? Uma dose de
uísque, que é bem mais forte do que a cerveja, demora mais tempo ainda. Por
isso, a nova lei de trânsito não admite qualquer teor alcoólico ao motorista,
uma vez que, ao diminuir seus reflexos, a probabilidade de acidentes aumenta
muito.
O uso do álcool a
longo prazo também pode produzir dependência química e cirrose hepática, bem
como causar problemas nos relacionamentos interpessoais, atrapalhando o
convívio na família e no trabalho.
Em Romanos 6.16,
Paulo exortou: Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para lhe
obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte, ou
da obediência para a justiça?
Não devemos ser
escravos de nada nem de ninguém, quanto mais de bebidas alcoólicas, que nada de
bom acrescentam à nossa vida!
Há aqueles que
contra-argumentam: “Ué, mas Jesus não bebeu vinho? Por que os cristãos também
não podem?” Jesus e os judeus, de um modo geral, bebiam um tipo de vinho que
era resultante da fermentação natural do sumo da uva. Além disso, a questão não
é poder ou não poder beber; é não dever. Como Paulo disse em 1 Coríntios 6.12:
Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas
me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma.
Para evitar problemas
e mau testemunho, há muitas coisas com aparência de mal de que o cristão deve
abster-se. Jesus disse a seus discípulos: É inevitável que venham escândalos,
mas ai do homem pelo qual eles vêm! (Lucas 17.1). Não podemos escandalizar ninguém,
tampouco ser pedra de tropeço à fé de ninguém. Foi isso o que Paulo afirmou em
Romanos 14.13 — Bom é não comer carne, nem beber vinho, nem fazer outras coisas
em que teu irmão tropece, ou se escandalize, ou se enfraqueça — e em 1
coríntios 8.13 — Pelo que, se o manjar escandalizar a meu irmão, nunca mais
comerei carne, para que meu irmão não se escandalize.
São pelas razões
acima expostas que nós, evangélicos, não ingerimos bebidas alcoólicas e
condenamos essa prática, que pode levar ao vício do alcoolismo, trazer danos à
saúde e aos relacionamentos, acarretando a destruição de vidas.
SUGESTÕES
DE LEITURA:
Levítico 10;
Provérbios 20; Romanos 14; 1 Coríntios 6; 8
Pr.
Silas Malafaia
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