Ensinado por um Coxo

A aplicação prática das palavras de Jesus é ilustrada pelo seguinte encontro entre um condutor de trem e um homem coxo.

Certo homem, com uma bengala em uma das mãos e sua mala na outra, aproximou-se vagarosamente da porta do vagão de um trem. Já era hora de o trem partir, mas o idoso homem não parecia ter pressa de embarcar. O jovem condutor, exibindo um alinhado uniforme, observava-o com desdém. Por fim, gritou: – Eu, sei aleijadinho, é melhor andar mais rápido, senão o trem parte sem você!

Mais tarde, quando o condutor pediu o bilhete da passagem, o velho respondeu: – Eu não pago. – Quem pensa que é? É lógico que vai pagar – disse o condutor com a mão estendida.
– Não, senhor. – Então desembarca na próxima estação! – falou asperamente o condutor. – Ninguém viaja de graça neste trem!

Carrancudo, o condutor continuou pelo corredor, verificando as passagens. Um dos passageiros perguntou: – Sabe quem é o senhor coxo com quem esteve falando? – Não, e não me interesso em saber. – Bem se fosse você, eu me interessaria muito – respondeu o passageiro. – Ele é Peter Warburton, o presidente da viação férrea.

O condutor ficou pálido. – Tem certeza? – Conheço-o pessoalmente. É Peter Warburton.

Após concluir sua tarefa de recolher as passagens, o condutor envergonhado aproximou-se do idoso senhor novamente. Entregou a ele seus livros de controle e as passagens. – Estou pedindo demissão, senhor – disse o condutor. – Sente-se, filho – ordenou gentilmente o Sr. Warburton. – Quero falar com você. Não é necessário que você se demita. Não tenho desejo de vingança. Você foi rude. Eu poderia demiti-lo, mas não o farei. No futuro, seja educado com todos os que viajarem neste trem. Aqui estão seus livros e as passagens. Apenas lembre-se de que todas as pessoas, independentemente da aparência, são dignas do seu respeito. Todos merecem ser tratados com bondade. – Sim, senhor! Muito obrigado, senhor! – respondeu o atônito funcionário.

Perdão é não conservar um pecado no registro de alguém. É tratar a pessoa como se a ofensa nunca tivesse existido.

(Dorothy Eaton Watts. In: Inspiração Juvenil 2012: amigo é p. ra essas coisas. Tatuí: CPB, 2012. Texto digitado por Reginaldo Santos e publicado no grupo Boas Novas).

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