Duro como a
sepultura, [é] o ciúme. Cantares 8:6
Bosco, nosso macaco de estimação,
tinha três anos de idade quando outro macaco desceu do
tamarindeiro e se ofereceu para ser seu amigo. Matraqueavam um com o outro.
Bosco corria para lá e para cá dentro de seu viveiro, e o novo macaco o seguia
do lado de fora.
Durante vários dias, o novo macaco conversava com Bosco
na linguagem deles. Um dia, sentaram-se bem perto, separados apenas pela tela.
Cada um estendeu os braços pela tela e abraçou o outro. Ficaram sentados desse
jeito por longo tempo, alisando um ao outro e mexendo no pelo um do outro como
se estivessem procurando pulgas.
Certa manhã, abrimos uma fresta da porta do viveiro, e o
novo macaco correu para dentro, para ficar junto com Bosco. Fechamos a porta e
ficamos com dois macacos. Demos o nome de Rama ao novo morador.
Rama e Bosco ficaram muito felizes, ali juntos. Subiam
pelos poleiros. Perseguiam-se em círculos. Ficavam horas sentados, catando
pulgas um do outro, e dormiam juntos à noite, abraçados.
Bosco e Rama eram a imagem da amizade perfeita – até a
hora de comer. Entravam em rixa por causa da comida. O que um tinha, o outro
queria. Guinchavam e tentavam pegar o que o outro agarrava, antes que o
engolisse.
Certo dia, dei uma banana para cada um. Ambos avançaram
para as bananas como se não tivessem comido nada por uma semana. Mas após a
primeira mordida, Bosco olhou para cima para ver o que Rama estava fazendo. Viu
Rama comendo a banana, largou a sua e foi atrás do tesouro de Rama. Após uma
renhida disputa, Bosco venceu, pegou a banana de Rama e partiu para um canto
distante a fim de devorá-la.
Se você observar as pessoas atentamente, descobrirá que
não somos muito diferentes de Bosco e Rama em nosso comportamento. Com que frequência bons amigos entram
em contendas porque um tem inveja do outro ou daquilo que ele possui. Muitos
são incapazes de serem felizes, porque desejam algo que o outro tem!
Escolhendo Amigos
O ciúme resulta num decepcionante rompimento da amizade.
Separa amigos. É cruel como a morte.
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