Não se amoldem ao
padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que
sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade
de Deus. Romanos 12:2
Era verão, e a vegetação luxuriante ao longo da costa
atlântica do Brasil produzia mangas e cajus, bem como outras exuberantes
delícias nativas. A casinha na qual estávamos hospedados era simples, mas
confortável. O sol era muito quente, porém uma brisa constante vinha do oceano
e aumentava à tarde, refrescando a casa de noite.
Um dia, vi uma lagarta presa à parte interna da janela
da cozinha. Que descoberta alegre! Eu podia acompanhar sua metamorfose, passo a
passo. Durante os dias seguintes, cuidei das tarefas domésticas regulares e
necessárias, mas não me esqueci de espiar a lagarta, de vez em quando. Os dias
pareciam passar lentamente, por causa da minha curiosidade e do meu desejo de
observar a mudança que ocorreria com a “minha lagarta”. Um dia, notei uma
mudança na cor; tinha passado para o estágio de crisálida. Que diferença!
Minhas visitas se tornaram mais frequentes, pois não queria perder os estágios finais da
metamorfose. Após o número necessário de dias para que se completasse o
processo, a crisálida se sacudiu, em movimentos repentinos, e depois emergiu
dali um inseto – uma linda borboleta. Sorrindo, feliz, eu me sentia vitoriosa.
O inseto, vacilante, parecia cansado, e descansou perto da janela. Após o que
pareceu uma soneca, a borboleta abriu as asas em breves movimentos e voou pela
primeira vez, passando pela janela e subindo alto por sobre o quintal.
Depois de testemunhar essa cena, meditei sobre o poder
de Deus, que nos pode transformar em outra pessoa. Essa mesma transformação
aconteceu com Saul, o primeiro rei de Israel: “O Espírito do Senhor se apossará
de você [...] e será um novo homem” (1 Samuel 10:6).
Aquela borboleta nunca retornou ao estágio de crisálida
ou lagarta; infelizmente, porém, Saul voltou a ser o “velho homem”. Que fim
triste e trágico para esse rei!
Que conservemos os olhos fixos no Senhor, e que nossa
oração, cada dia, seja: “Não me expulses da Tua presença, nem tires de mim o
Teu Santo Espírito” (Salmo 51:11).
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