Estou sentada na mesma igreja em que, apenas cinco meses
atrás, assisti ao casamento da minha irmã mais nova, Bárbara. Foi ótimo vê-la
se casando e reencontrar o restante da família. Fazia tempo que eu não voltava
para meu estado natal, a Califórnia. Mas agora, aqui estou de volta, e não pelo
motivo feliz que me trouxe antes.
Lembro-me vividamente do dia em que Bárbara me contou
que seu esposo havia falecido. Ainda não consigo acreditar. Mas, sim, preciso
acreditar. Aqui estou, no seu funeral, com a família e os amigos. Olho ao redor
e vejo muitos rostos conhecidos, pois a maioria das pessoas no funeral assistiu
ao casamento. Sentada ao meu lado está Bárbara. Sua tristeza vai além das
palavras. Seu futuro, sem dúvida, trará mais sofrimento, já que ela enfrenta
desafios financeiros e outros. Isso me faz pensar em meu esposo. Quantas vezes
fui ríspida com ele ou me dirigi a ele com palavras não tão positivas. Eu tenho
meu marido, e agora tudo o que minha irmã tem são lembranças do curto período
que ela e o esposo passaram juntos.
Muitas vezes, consideramos como um direito adquirido as
bênçãos que Deus nos dá. Sejam bens, sejam pessoas, tendemos a ser menos do que
bons mordomos daquilo que Ele coloca sob nosso cuidado.
Hoje é um dia muito triste para mim e minha família, mas
com ele aprendo algumas lições. Primeira, fico agradecida porque minha família
pôde assistir ao casamento. Quase não viemos devido a razões financeiras. Mas
teríamos perdido uma parte importante e feliz da vida de minha irmã. Deus é
impressionante! Ele pensa nas pequenas coisas que podem se tornar importantes
no futuro. Segunda, tenho procurado ver meu esposo sob uma luz diferente. Não
me entenda mal. Ele é um bom homem, mas até um homem bom tem coisas que
incomodam a esposa – como deixar abertas as portas do guarda-louça, roupas
espalhadas por toda parte, se esquecer de buscar as crianças, e a lista
continua. Sob as circunstâncias presentes, tudo isso parece tão pequeno! Assim,
hoje, reconsagro minha vida a Deus...
e ao meu esposo, aguardando mais aventuras com ambos. Testemunhei a
alternativa, e ela é de cortar o coração.
Por favor, Senhor conforta minha irmã.
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