Todos nós andávamos
desgarrados como ovelhas. Isaías 53:6
Sempre gostei de cães da raça collie, e desejei
ter um, em algum momento da minha vida. O Senhor me
abençoou com Max. Um dia, vi um anúncio no jornal, dizendo: “Collie grátis, querendo uma
casa boa.” Respondi ao anúncio e, quando cheguei ao endereço, Max pulou em mim.
Eu soube, então, que ele era meu – o cachorro certo para mim.
Levei Max para casa, caminhei com ele pelo quintal,
deixei que corresse e lhe arranjei uma casinha. Em pouco tempo, ele se
acostumou ao novo ambiente, bem como à nossa rotina. Então, decidiu que queria
explorar além das cercanias imediatas. Tentou, tentou, até conseguir soltar-se.
Da primeira vez, ele simplesmente correu ao redor da casa várias vezes, e
depois subiu para a varanda, onde ficou deitado até de manhã. Depois, soltou-se
mais algumas vezes, indo cada vez um pouco mais longe. Sempre o trazíamos de
volta e tentávamos prendê-lo com mais segurança. Da última vez que Max se
soltou, ausentou-se por três dias. Fiquei doente. Comentei com meu esposo:
“Alguém está com ele”, e fomos a uma loja da vizinhança para colocar um cartaz
de cachorro perdido. No dia seguinte, recebemos o telefonema de uma mulher que
disse que estava com o Max. Anotei o número e lhe disse que telefonaria quando
meu esposo voltasse para casa. Quando ligamos de novo, ela disse: “Ele escapou.
Tive que sair e o desamarrei, e ele saiu correndo com alguns cães da
vizinhança.” Pediu desculpas e disse que, se o visse de novo, nos avisaria.
Decidimos procurá-lo outra vez, mas nem sinal de Max.
Finalmente, quando voltávamos para casa, nossa neta disse: – Olhem, lá está
ele!
– Onde? – meu marido e eu perguntamos, sem fôlego. Dito
e feito: era Max! Nós o chamamos, e ele veio correndo. A senhora da casa onde
ele estava saiu para se encontrar com os donos do Max. Disse que ele era um bom
cachorro, e que lhe havia comprado um pouco de ração.
Assim como Max, às vezes queremos explorar o território
além das adjacências. Desprendemo-nos e nos enredamos com as coisas deste
mundo, e depois nos perdemos. Distanciamo-nos do nosso Criador. Graças a Deus,
temos um Pai que nos quer de volta em casa. Na parábola da ovelha perdida,
lemos: “Alegrai-vos comigo, porque já achei a Minha ovelha perdida” (Lucas
15:6).
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