Cristo nos libertou para que nós sejamos realmente livres.
Gálatas 5:1
Se você viajar até
Berlim, capital da Alemanha, deve seguir dois conselhos. Olhe para cima e
admire os prédios envidraçados, as praças suntuosas e os monumentos
surpreendentes. No entanto, também não deixe de olhar para baixo. Isso mesmo,
para o chão onde pisa. Em certo momento, você verá os viajantes estranhamente
fotografando o piso das ruas e calçadas, como se tivesse algo importante lá. E
houve, de fato, por 28 tristes anos!
Falo de uma lembrança detestável do que o orgulho e a antipatia são capazes de construir. Quando pensamos em separação, qual é a primeira imagem que vem à mente? Acertou! Um muro. E, por isso, no chão de Berlim existe uma linha de paralelepípedos duplos que se estende por quilômetros e quilômetros, atravessando avenidas, jardins e pontos de ônibus. Era exatamente ali que passava o vergonhoso Muro de Berlim. E por que um muro no meio da cidade?
Durante o período da chamada Guerra Fria, que envolveu os Estados Unidos e a União Soviética, o muro de Berlim foi construído pela República Democrática Alemã como um símbolo da divisão do mundo em duas partes. De um lado, ficou a República Federal da Alemanha, constituída por países capitalistas, como os Estados Unidos. E, do outro, ficou a República Democrática Alemã, da qual faziam parte os países socialistas, como a União Soviética.
O muro, que passou a dividir ao meio a cidade de Berlim, era composto por 66 quilômetros de redes eletrificadas, 302 torres de observação e 255 pistas de corrida para ferozes cães de guarda.
A luta pela liberdade matou mais de 200 pessoas, que tentaram ultrapassar o muro para o lado ocidental. Entre os mortos, estavam crianças, adultos e até idosos. O último caso foi o de um rapaz de 35 anos que caiu com seu balão de gás fabricado no quintal, apenas seis meses antes da queda do muro. O fim da separação aconteceu no dia de hoje, há 24 anos. O mundo celebrou a reconciliação e, numa única noite, milhares de pessoas pularam para o outro lado.
Olhar para o chão de Berlim dá uma pequena ideia do que será ver as mãos de Jesus quando Ele voltar. Ali também estarão cicatrizes de uma muralha de pecado derrubada graças à cruz. Cristo nos deu a liberdade eterna que jamais será perdida. Por isso, as marcas dos pregos se eternizarão, assim como a deliciosa sensação dos salvos serem eternamente livres. Sem separação. Nem muros.
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