A Fugitiva


Cristo deu a Sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos. 1 João 3:16

Harriet Tubman subiu com dificuldade uma encosta pedregosa até o cemitério de Wilmington, no estado de Delaware, EUA. Exausta, caiu entre os sepulcros e dormiu. Foi despertada por um tapinha no ombro.

– Sou condutor, e venho trazer-lhe uma passagem de trem – disse o homem negro em voz baixa. Ele se referia ao “Trem Subterrâneo”, uma rede de pessoas que ajudavam escravos fugitivos a escaparem para os estados do norte dos EUA, onde estariam livres.

Atrás de alguns arbustos, Harriet vestiu as roupas de trabalho do homem. Enrolou o longo cabelo e arrumou-o dentro do boné do trabalhador. Pegou um ancinho e os dois saíram caminhando pela estrada. Na ponte, passaram por guardas que não prestaram atenção em dois negros a caminho do trabalho.

O homem levou Harriet à casa de Thomas Garrett, um quacre. Ele a escondeu num quarto secreto atrás da estante de livros na parede.

– Precisa ficar muito quieta – cochichou o homem. – Minha sapataria fica embaixo. As patrulhas estão procurando você por toda parte.

Dois dias mais tarde, a família Garrett deu a Harriet sapatos novos, suas roupas lavadas e consertadas, uma moeda de prata e instruções para chegar à divisa da Pensilvânia.

– Quando passar pelas placas, estará livre – disse Thomas.

Harriet correu na direção apontada por ele. Viu logo as placas. Passou por elas. Estava livre, afinal!

A jornada de Harriet havia levado quase uma semana. Enfrentara muitos perigos, mas ao longo do caminho muitas pessoas como Thomas Garrett haviam arriscado a vida para ajudá-la a escapar.

Thomas Garrett ajudou 2.500 escravos fugitivos antes de ser apanhado e levado a julgamento. Todos os seus bens e propriedades lhe foram tirados.

– Espero que tenha aprendido a lição – disse o delegado a Thomas. – Espero nunca mais vê-lo sendo apanhado por esse motivo.

– Não tenho um dólar no mundo, mas se o senhor souber de algum fugitivo em qualquer lugar da face da Terra que precisa de uma refeição, mande-o para mim – respondeu Thomas.


Sendo Amigos

Estaria você disposto a arriscar seus bens, posses e até a vida para ajudar um amigo? A verdadeira amizade dispõe-se a correr riscos.

(Inspiração Juvenil)

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