Não lhes dizia nada
sem usar alguma parábola. Quando, porém, estava a sós com os Seus discípulos,
explicava-lhes tudo. Marcos 4:34
As parábolas de Jesus têm uma
característica distintiva. Estudiosos pesquisaram os escritos judaicos e de outros povos, mas nunca encontraram ensinos que se igualassem aos de Jesus. Sim, há semelhanças, mas as parábolas de Jesus são únicas.
característica distintiva. Estudiosos pesquisaram os escritos judaicos e de outros povos, mas nunca encontraram ensinos que se igualassem aos de Jesus. Sim, há semelhanças, mas as parábolas de Jesus são únicas.
Suas parábolas não são um recurso pedagógico, como
também não são contos curiosos com uma lição de moral. Apesar de apresentadas
em linguagem simples e fáceis de ser compreendidas superficialmente, têm uma
qualidade existencial, uma relevância que mexe conosco ainda hoje. Somos
atraídos para viver as histórias; elas falam conosco e nos desafiam a tomar uma
decisão.
O primeiro ponto e mais óbvio de se notar a respeito das
parábolas é que elas partem de fatos comuns. Várias delas foram extraídas do
mundo natural: a semente que é lançada em tipos diferentes de solo; o joio que
cresce junto com o trigo; a minúscula semente que se desenvolve em um grande
arbusto e os estágios do crescimento de uma planta. Outras abordam coisas
cotidianas e apresentam uma pequena história: o pescador que arrasta a rede
para a praia e separa os peixes bons dos maus; o viajante assaltado na estrada
para Jericó; o filho que abandona o lar e desperdiça toda a sua herança;
casamentos, as duas pessoas que vão ao templo adorar; os trabalhadores da
vinha; a ovelha perdida; o administrador desonesto; a moeda perdida; o juiz
corrupto e assim por diante.
Nada fantasioso, nada de animais falantes, monstros ou
acontecimentos bizarros. Tudo é previsível. Exceto que as parábolas não são
previsíveis. A conclusão contraria as expectativas. O primeiro se torna o
último; o último, o primeiro. As parábolas, aparentemente assim tão comuns,
falam sobre o reino.
O comum oculta o extraordinário.
As parábolas falam da graça, pois essa é a essência da
vida de Jesus – e de Sua morte. Esta é a essência do reino de Deus: o Senhor
governa o coração e a vida dos homens e mulheres que aceitam a oferta de vida
nova, aqui e agora.
As parábolas ensinam que Deus atua por meio do comum, do
cotidiano. Ele atua através da natureza; Ele atua no coração humano. Ele atua
através da vida cotidiana no trabalho, na escola, no lar, na igreja. Não há
necessidade de irmos a outro lugar para encontrar Deus. Ele está bem aqui
conosco, agora. Basta abrirmos o coração para Ele.
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